domingo, 31 de janeiro de 2010

Ainda é a mais importante força energética do mundo - Petróleo

Is still the most important power plant in the world - Petroleum

O petróleo é a matéria-prima mais importante da indústria mundial. Suplanta a borracha, o carvão, o ouro, o cobre, o ferro e o diamante.

A sua importância tem se tornado cada vez mais uma força crescente no desenvolvimento das indústrias do mundo.

Por esta razão seu preço é um dos mais voláteis na economia mundial, sendo influenciado por quase todos os eventos que ocorrem no mundo, sejam eles de ordem política, económica, cultural, social ou ambiental.
Cerca de 90% do petróleo é utilizado com fins energéticos, seja nas centrais termoeléctricas, seja como combustível para os meios de transporte ou fornos industriais.

Dos 10% restantes são extraídos os produtos que abastecerão as indústrias – 60% das matérias-primas utilizadas na indústria mundial vêm do petróleo.
Para perfurar um poço, é preciso uma torre que sustente um motor. Este deve fazer girar tubos concêntricos com uma broca na extremidade.

O tubo central leva água até à parte mais profunda do poço para arrastar a terra erodida pela broca. O lodo formado sobe para a superfície pelo tubo exterior.
O petróleo é composto de hidrocarbonetos nos seus três estados. Contém também pequenas quantidades de compostos de enxofre, oxigénio, nitrogénio.

Na Antiguidade, era usado para fins medicinais ou para lubrificação e era conhecido com os nomes de óleo de pedra, óleo mineral e óleo de nafta. Atribuíam-se ao petróleo propriedades laxantes, cicatrizantes e anti--sépticas. Era considerado eficaz também no tratamento da surdez e na cura de tosse, bronquite, congestão pulmonar, gota, reumatismo e mau-olhado.
O petróleo é ainda a principal fonte de energia no mundo.

A sua extracção conheceu uma progressão ininterrupta, ou quase, durante mais de um século. Iniciada em 1859 na Pensilvânia, a produção ainda era modesta em 1900; as vésperas da II guerra mundial (1920) era relativamente pequena, mas teve um grande crescimento logo seguida a ela principalmente entre 1960 e 1973, 47% do consumo energético mundial.
Em Angola, a prospecção de petróleo iniciou nos anos 30, mas a produção foi intensificada nos anos 80, estando hoje perto dos 2 milhões de barris por dia.
Origem
Os restos de matéria orgânica, bactérias, produtos nitrogenados e sulfurados no petróleo indicam que ele é o resultado de uma transformação da matéria orgânica acumulada no fundo dos oceanos e mares durante milhões de anos, sob pressão das camadas de sedimentos que se foram depositando e formando rochas sedimentares.
O conjunto dos produtos provenientes desta degradação, hidrocarbonetos e compostos voláteis, misturados aos sedimentos e aos resíduos orgânicos, está contido na rocha-mãe; a partir daí o petróleo é expulso sob efeito da compactação provocada pela sedimentação, migrando para impregnar areias ou rochas mais porosas e mais permeáveis, tais como arenitos ou calcários.

Uma camada impermeável, quando constitui uma “armadilha”, permite a acumulação dos hidrocarbonetos, impedindo-os de escapar.
O petróleo é encontrado na natureza não como uma espécie de rio subterrâneo ou camada líquida entre rochas sólidas. Ele ocorre sempre impregnando rochas sedimentares, como os arenitos. Como essas rochas são permeáveis, o óleo “migra” através delas pelo interior da crosta terrestre. Se for detido por rochas impermeáveis, acumula-se, formando então os jazigos. Dos jazigos conhecidas, as mais importantes estão no Médio Oriente, Rússia e repúblicas do Cáucaso, Estados Unidos, América Central e na região setentrional da América do Sul.
Extracção
O sistema de extracção do petróleo varia de acordo com a quantidade de gás acumulado no jazigo. Se a quantidade de gás for grande o suficiente, a sua pressão pode expulsar por si mesma o óleo, bastando uma tubulação que comunique o poço com o exterior. Se a pressão for fraca ou nula, será preciso ajuda de bombas de ­extracção.
O petróleo bruto, tal como sai do poço, não tem aplicação directa. Para utilizá-lo, é preciso fraccioná-lo nos seus diversos componentes, processo que é chamado refino ou destilação fraccionada. Para isso, aproveitam-se os diferentes pontos de ebulição das substâncias que compõem o óleo, separando-as para que sejam convertidas em produtos finais.
Derivados
O gás, uma das fracções mais importantes obtidas na destilação, é composto por substâncias com ponto de ebulição entre –165° C e 30° C, como o metano, o etano, o propano e o butano.
O éter de petróleo tem ponto de ebulição entre 30° C e 90° C e é formado a partir de cadeias de cinco a sete carbonos. A gasolina, um dos subprodutos mais conhecidos, tem ponto de ebulição entre 30° C e 200° C, é formada de uma mistura de hidrocarbonetos que possuem de cinco a 12 átomos de carbono. Para obter querosene, o ponto de ebulição fica entre 175° C e 275° C. Óleos mais pesados, com cadeias carbonadas de 15 a 18 carbonos, apresentam uma temperatura de ebulição entre 175° C e 400° C. As ceras, sólidas na temperatura ambiente, entram em ebulição em torno de 350° C. No final do processo, resta o alcatrão, o resíduo sólido.
Refinação
O processo começa pela dessalinização do petróleo bruto em que são eliminados os sais minerais. Depois, o óleo é aquecido a 320° C em fornos de fogo directo (e passa para as unidades de fraccionamento, onde podem ocorrer até três etapas diferentes. A etapa principal é realizada na coluna atmosférica: o petróleo aquecido é introduzido na parte inferior da coluna com o vapor de água para facilitar a destilação. Desta coluna surgem as fracções ou extracções laterais, que ainda terão de ser transformadas para obter os produtos finais desejados. A maioria dos produtos é a seguir objectos de tratamentos suplementares para melhorar a sua qualidade: reforma catalítica, hidrodessulfuração. É obtida finalmente toda uma série de produtos que respondem às necessidades dos consumidores: carburantes, gasolinas especiais, combustíveis e produtos diversos.

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