OGX, de Eike Batista, descobre gás natural em bacia no Maranhão
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/08/2010
A OGX Maranhão identificou a presença de hidrocarbonetos no poço OGX-16 na bacia do Parnaíba, anunciou a companhia em fato relevante divulgado nesta quinta-feira. Os testes apontam para altas pressões e presença de gás natural.
A OGX Maranhão, sociedade formada entre a MPX Energia S.A. (33,3%) e a OGX S.A. (66,6%) --ambas do grupo EBX, do empresário Eike Batista--, é a operadora e detém 70% de participação nesse bloco. Os outros 30% são da Petra Energia S.A.
"Essa descoberta abre uma nova fronteira exploratória em uma bacia terrestre, fato que não ocorria há aproximadamente duas décadas no Brasil" comentou Sr. Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, no documento. "Essa descoberta marca o início da materialização de um importante complexo de geração térmica a gás natural no Brasil,", afirmou Eduardo Karrer, CEO da MPX.
Com os dados sísmicos obtidos até o momento, já foram mapeados em torno de 20 novos prospectos, "sinalizando para o altíssimo potencial dessa região da bacia, na qual a OGX Maranhão detém 7 blocos, totalizando 21.000 km", diz a companhia no fato relevante.
O Complexo de Geração Térmica do Parnaíba, parceria entre a MPX e a Petra Energia, já possui licença prévia para a implantação de usinas a gás natural, que, somadas, podem chegar a.863 MW.
Potencial de reservas da OGX no Maranhão equivale a "meia Bolívia", diz Eike Batista
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/08/2010
O empresário Eike Batista estimou que o potencial das reservas da OGX Maranhão, sociedade formada entre a OGX e a MPX Energia, seja de 10 trilhões a 15 trilhões de pés cúbicos de gás, o equivalente a 15 milhões de metros cúbicos por dia.
"É meia Bolívia. É metade do que o país entrega para o Brasil pelo gasoduto Brasil-Bolívia", afirmou o empresário nesta quinta-feira. O Gasbol, como é conhecido o gasoduto, tem capacidade de transporte diária de 30 milhões de metros cúbicos.
Segundo Eike, são produzidos diariamente, no país, cerca de 60 milhões de metros cúbicos de gás. "Os 15 milhões de metros cúbicos que estamos querendo produzir seriam 25% da produção diária brasileira", acrescentou Batista, que é presidente do conselho de administração da OGX e da MPX.
Por volta das 14h40, as ações da OGX na Bolsa de Valores de São Paulo subiam 3,1%, enquanto o Ibovespa registrava quase estabilidade (0,08%).
De acordo com fato relevante divulgado nesta quinta-feira, a OGX Maranhão identificou a presença de hidrocarbonetos no poço OGX-16 na bacia do Parnaíba e testes apontaram "para altas pressões e presença de gás natural".
A OGX Maranhão, sociedade formada entre a MPX Energia S.A. (33,3%) e a OGX S.A. (66,6%), é a operadora e detém 70% de participação nesse bloco. Os outros 30% são da Petra Energia S.A.
"Essa descoberta abre uma nova fronteira exploratória em uma bacia terrestre, fato que não ocorria há aproximadamente duas décadas no Brasil" comentou Sr. Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, no documento. "Essa descoberta marca o início da materialização de um importante complexo de geração térmica a gás natural no Brasil,", afirmou Eduardo Karrer, CEO da MPX.
A OGX também divulgou hoje lucro líquido de R$ 57,8 milhões no segundo semestre. O valor mostra uma importante recuperação em relação ao mesmo período do ano passado, quando a empresa teve prejuízo de R$ 177 milhões.
RESERVAS
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), no ano passado, as reservas provadas de gás natural ficaram em torno de 357,4 bilhões de metros cúbicos, um decréscimo de 1,8% em relação a 2008.
Entre os anos de 1964 e 2009, as reservas provadas de gás natural cresceram a uma taxa média de 7,1% ao ano. A evolução das reservas de gás no país apresenta um comportamento muito próximo ao das reservas de petróleo, porque, na maior parte dos atuais campos em produção, o gás está associado ao petróleo.
Para produzir o óleo --mais rentável--, é preciso dar um destino ao gás. São três as opções: transporte por gasoduto para o continente, reinjeção nos poços ou queima --a mais ineficiente.
Os dados da agência reguladora apontam que a produção de gás natural em março --último dado disponível-- teve queda de 1,6%, atingindo média diária do total de 59,5 milhões de metros cúbicos por dia.
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