segunda-feira, 19 de setembro de 2011

RJ tem maior concentração de investimentos do mundo, diz Firjan

Rio tem maior concentração de investimentos do mundo, diz Firjan

Até 2013, investimentos públicos e privados somam R$ 181,4 bilhões, mais de R$ 4 milhões por quilômetro quadrado

iG Rio de Janeiro | 19/09/2011

O Estado do Rio de Janeiro vai receber, de 2011 a 2013, investimentos públicos e privados que somarão R$ 181,4 bilhões. Comparado com a dimensão territorial do estado (43,7 mil km2), o volume do investimento é de mais de R$ 4 milhões por quilômetro quadrado, fazendo do Rio o maior concentrador de investimentos do mundo.

Os dados são do estudo Decisão Rio do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que mapeia os investimentos anunciados para o estado no período de três anos. Na comparação com o Decisão Rio 2010-2012, houve aumento de 45,2% nos investimentos na indústria de transformação, com destaque para o aumento dos investimentos na indústria naval (254%).

No setor de infraestrutura serão investidos R$ 36,3 bilhões; na indústria de transformação, R$ 29,5 bilhões; e, em turismo, R$ 1 bilhão. O setor de Petróleo e Gás receberá cerca de R$ 107,9 bilhões em investimentos da Petrobras e de empresas parcerias. E, para os demais setores, está previsto o total de R$ 6,7 bilhões.

Os principais investimentos são os projetos relacionados à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos (R$ 11,5 bilhões), Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (R$ 9,1 bilhões), Usina termonuclear Angra 3 (R$ 8 bilhões), Usina Termelétrica Porto do Açu Energia S.A. (R$ 5,1 bilhões), Estaleiro da Marinha do Brasil / Prosub (R$ 3,8 bilhões), Estaleiro OSX (R$ 2,3 bilhões), Siderúrgica Gerdau – Consigua (R$ 2 bilhões).

Também se destacam a Brasfels (R$ 1,9 bilhão), o Porto Maravilha (R$ 1,8 bilhão), Eisa (R$ 1,8 bilhão), Complexo Portuário do Açu (R$ 1,8 bilhão), Usina Termelétrica São Francisco de Itabapoana (R$ 1,4 bilhão), Refinaria Duque de Caxias (R$ 1,3 bilhão), STX Europe (R$ 1,3 bilhão), Porto do Sudeste (R$ 1,2 bilhão), Cedae (R$ 1,2 bilhão), Siderúrgica da Ternium (R$ 1,2 bilhão) e Coquepar (R$ 1,2 bilhão).

Interiorização dos investimentos


Apesar de a capital do estado responder por 11,7% do valor total dos investimentos, devido à proximidade dos jogos esportivos, o estudo aponta para a interiorização. O Norte Fluminense receberá 7,7% desses investimentos em função da infraestrutura logística, siderurgia, energia e indústria naval. A região Leste, que responde por 7,3% do total, tem como setores mais importantes as indústrias petroquímica e naval.

O Sul Fluminense receberá 6,3%, com destaque para energia e indústria naval. A Baixada Fluminense responde por 6% do previsto em investimentos ligados aos setores naval, petroquímico, e de transporte/logística.

A região Serrana terá 0,7% dos investimentos, enquanto as regiões Noroeste e Centro-Norte receberão 0,3% cada uma. Além dos setores em destaque, a pesquisa prevê que, no futuro próximo, o estado se destacará pela produção de tecnologia de ponta, considerando a instalação de diversos centros de pesquisa e de tecnologia já em andamento.

sábado, 17 de setembro de 2011

Unidade de Construção Naval, no porto do Açu

Vídeo com a UCN (unidade de construção naval) da empresa OSX, do grupo EBX, no Megaporto do Açu, complexo porto-indústria, um empreendimento da LLX, também do grupo.

sobre o megaporto, que reunirá porto e polo logístico, siderúrgicas, cimenteiras, termoelétrica e indústrias de transformação


sobre a UCN da OSX

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Complexo Petroquímico do RJ muda e cidades festejam

Por: Lívia Neder 04/09/2011 O FLUMINENSE

Se há preocupações em relação aos impactos ambientais e sociais, em contrapartida cresce a esperança no desenvolvimento econômico e em novas oportunidades de trabalho

O Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) teve seu projeto inicial alterado e terá agora duas refinarias e utilizará o gás do pré-sal. Isso fez aumentar as expectativas no Leste Fluminense. Se há preocupações em relação aos impactos ambientais e sociais, em contrapartida cresce a esperança no desenvolvimento econômico e em novas oportunidades de trabalho. A previsão inicial era de que todo o empreendimento gerasse 200 mil empregos diretos e indiretos.

O deputado estadual Robson Leite (PT), presidente da Comissão da Alerj de Acompanhamento ao Comperj, acredita que a entrada de mais uma refinaria deva gerar mais 15 mil vagas de trabalho. Ele afirma que a comissão está preocupada com os impactos que os municípios do entorno do empreendimento vão receber, sejam eles positivos ou negativos, e a inclusão de mais uma refinaria aumenta as preocupações existentes.

“A questão ambiental está mitigada no processo de licenciamento e se outra refinaria foi aprovada é porque o órgão competente acredita que é viável, mas vamos fiscalizar. Já a questão social merece uma atenção maior. Estamos debatendo o Plano Diretor Regional, que já deveria estar pronto. Ele vai dar diretrizes para o desenvolvimento de toda a região, e muitos municípios estão atrasados na elaboração dos seus próprios planos”, relata o parlamentar.

Robson Leite informou, ainda, que foi solicitado à presidência da Alerj que a comissão passe de temporária para permanente. O encerramento dela está previsto para o mês que vem.

“Mais importante do que elaborarmos um relatório final é darmos continuidade ao acompanhamento e à fiscalização deste empreendimento, que é o maior da história da Petrobras e vai mudar radicalmente o cenário desta região do Estado. Nosso objetivo é fazer com que os municípios estejam preparados para receber o melhor desta mudança”, declarou o deputado.

A Petrobras informou que o empreendimento foi repensado em virtude do crescimento do consumo de derivados, principalmente a gasolina. Hoje, a companhia importa para garantir o consumo interno, que não para de crescer, com mais veículos circulando. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli costuma dizer que, antes, as novas refinarias no Nordeste e as do Comperj serviriam para exportar o petróleo do pré-sal depois de refinado, para agregar valor ao produto. Agora, com o consumo interno aquecido, a maior parte dos produtos, como a gasolina, vai ficar aqui mesmo.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ressalta o impacto econômico para o município de Itaboraí, que abrigará o Comperj, e para a região. A primeira refinaria tem previsão para entrar em operação em 2013. A parte petroquímica entra em operação em 2016 e a segunda refinaria em 2018.

“Nossa projeção é de que o consumo de derivados cresça entre 3,8% a 4,5% até 2020. No Brasil, devemos consumir 3,2 milhões de barris por dia. O crescimento econômico de Itaboraí e da região será ainda maior. Serão instaladas indústrias de 2ª geração e de transformação, indústrias consumidoras de material plástico, além de empresas do setor de serviços, entre outras atividades”, afirma Paulo Roberto.

Empregos - Quanto à formação de mão de obra local, Paulo Roberto Costa destaca o treinamento, por meio do Centro de Integração do Comperj, em São Gonçalo, de cerca de 7 mil pessoas de 11 municípios do entorno. Em 2011 serão mais 6 mil pessoas e a expectativa total é de 30 mil trabalhadores treinados.

A Prefeitura de Itaboraí acredita que as modificações do projeto do Comperj serão benéficas para a cidade.

“Aumentando a dimensão de produção, mais empresas se instalarão na região, gerando assim mais empregos. Além de aumentar o poder econômico e financeiro da região”, argumenta o secretário municipal de Trabalho e Renda, Ricardo Guimarães.