domingo, 29 de maio de 2016

PROJETO DO ÔNIBUS DO FUTURO DA CHINA

A tecnologia está cada vez mais avançada, e não poderia ser diferente quando o assunto é ônibus.

China apresenta 'ônibus do futuro', que leva 1.200 pessoas e trafega sobre carros , Protótipo quer oferecer solução para os conhecidos problemas de engarrafamento no país.



Veja o ônibus do futuro.
Obs. o filme tem o descritivo ônibus japonês, mais a idealização é chinesa.  

domingo, 1 de maio de 2016

Aviões Brasileiros - 02

Aviões Projetados e Construídos por Brasileiros 
 A Verdadeira Aviação Brasileira

1925 - FPSP - Avião São Paulo
A aviação paulista tem suas origens no início do Século passado, com a criação da Escola de Aviação da Força Pública no Campo do Guapira na Zona Norte de São Paulo, sendo responsáveis pelo curso os aviadores Edú Chaves e Cícero Marques, braveados na França.

Após o ímpeto inicial, a escola de aviação enfrentava enormes dificuldades técnicas e os aparelhos ficavam no solo por falta de manutenção e equipamentos agravada ainda mais por conta da 1 Guerra Mundial.

Avião São Paulo - Essa aeronave foi projetada e construída pela Corporação em 1925 e voou 1930.

1920 - A escola Escola de Aviação da Força Pública foi transferida para o Campo de Marte também na Zona Norte e lá com uma infraestrutura adequada e sob a instrução de Orton William Hoover a aviação militar paulista entrava em uma nova fase.


A Escola teve vida efêmera devido à 1ª Grande Guerra Mundial, pois era impossível a importação de aviões e peças. 
O próprio diretor Edu Chaves desligou-se do comando, indo à França, lutando no posto de 1º ten. Da aviação francesa.

Os aparelhos, alguns defeituosos, foram recolhidos na Estação Oeste do Corpo de Bombeiros.

Tendo a colaboração do aviador americano Orton Hoover que, desligando-se da aviação naval (criada em 1916), lutou contra a Alemanha, quando sua pátria entrou na guerra.

Na Revolução de 1924, os rebeldes, comandados pelo Gen. Isidoro Dias Lopes e Miguel Costa, apoderaram–se dos aviões, usando-os em seus objetivos como arma de guerra, enquanto permaneciam na capital.

1930 - JOAQUIM FONSECA – Cidade de Pelotas
Comerciante, mecânico e inventor amador, no final da década de 1930 ele construiu um avião 100% brasileiro, porém seu sonho de continuar fabricando aviões foi impedido.
Por pressões econômicas e questões ditas estratégicas, não lhe foi permitido concretizar o sonho de fabricar aviões em série.
O avião Cidade de Pelotas foi construído por Joaquim Fonseca.

Joaquim Fonseca no ato da recepção no Rio de Janeiro pelo então ministro da Aeronáutica Salgado Filho, a qual, no dia seguinte e após vários testes, homologou o 'Cidade de Pelotas'.



Construção do segundo avião, o F2, também conhecido como "Cidade de Pelotas", nos porões de sua casa na Gonçalves Chaves, onde também foi a Rodoviária de Pelotas.

1931 – Guedes Muniz – M5 
O primeiro aparelho de Guedes Muniz – então um dos raros engenheiros aeronáuticos do país – foi o Muniz M5, projetado por ele e fabricado na França com verba do governo federal. A aeronave foi enviada ao Rio e apresentada publicamente em 1931.
O sucesso do M5 abriu caminho para outro projeto de Muniz, o M7, o primeiro a ser fabricado em série pela CNNA.
Chefe da Missão Militar Brasileira, visita a construção do M5, acompanhado por Guedes Muniz.
Tratava-se de um biplano monomotor com estrutura de madeira. O motor era o inglês Gipsy Major, de 130 cavalos de força. As peças do avião foram construídas por empresas nacionais e uma oficina de precisão carioca copiou um controlador de curvas norte-americano.
A aeronave era robusta, com grande resistência nas aterrissagens e destinada a treinamento primário de pilotos. Das 26 fabricadas entre 1936 e 1941, oito serviram à aviação militar e 18 aos aeroclubes. Muniz projetou em seguida o M9. Era praticamente o mesmo aparelho, com motor diferente, o De Haviland Gipsy, com 200 cavalos e o nariz mais longo. Homologado em 1938, 40 foram fabricados até 1943.
1930 - A empresa de Lage foi a primeira, mas não a única, a fabricar aviões.
1945, existiram outras com o mesmo fim. Mas, segundo Viégas, depois da Segunda Guerra os Estados Unidos começaram a exportar aviões muito baratos sem nenhum tipo de proteção alfandegária. A medida apressou o fim da jovem indústria brasileira de aviões. “As primeiras companhias de construção aeronáutica dependiam fortemente do Estado, que, embora não fosse único comprador, sem dúvida era o principal”.
A historiadora Nilda Oliveira, professora e pesquisadora do Departamento de Humanidades do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), descreveu que a “A interrupção das encomendas depois da guerra foi determinante para o fim das empresas brasileiras construtoras de avião.
1934 – M7 - Companhia Nacional de Navegação Aérea - CNNA

A decisão de fabricar aeronaves em série ocorreu em 1934, com o apoio do governo de Getúlio Vargas e com empenho do tenente-coronel do Exército Antônio Guedes Muniz e do industrial carioca Henrique Lage.

O M7, voou no Campo dos Afonsos, no Rio, foram produzidos 26 exemplares do M7 e 40 do M9, ambos projetados e supervisionados por Guedes Muniz.

Montagem do trem de aterrissagem do M7 - primeiro avião em série.

Guedes Muniz propôs durante o 1º Congresso Nacional de Aeronáutica, em 1934, a fabricação de aviões no Brasil”, o militar listou três opções: criar uma fábrica estatal, convidar uma empresa estrangeira para montar seus aviões aqui ou desenvolver uma indústria nacional, com capital e gerência privada. Muniz defendia a última opção e recebeu apoio do governo federal, importante para conseguir um mercado interno compensador. Ao mesmo tempo, Henrique Lage já planejava entrar no ramo da aviação.
Guedes Muniz (esq.) antes do voo oficial do protótipo do M7

Tratava-se de um biplano monomotor com estrutura de madeira. O motor era o inglês Gipsy Major, de 130 cavalos de força. As peças do avião foram construídas por empresas nacionais e uma oficina de precisão carioca copiou um controlador de curvas norte-americano.
A aeronave era robusta, com grande resistência nas aterrissagens e destinada a treinamento primário de pilotos. Das 26 fabricadas entre 1936 e 1941, oito serviram à aviação militar e 18 aos aeroclubes. Muniz projetou em seguida o M9. Era praticamente o mesmo aparelho, com motor diferente, o De Haviland Gipsy, com 200 cavalos e o nariz mais longo. Homologado em 1938, 40 foram fabricados até 1943.
1930 - A empresa de Lage foi a primeira, mas não a única, a fabricar aviões.
1945, existiram outras com o mesmo fim. Mas, segundo Viégas, depois da Segunda Guerra os Estados Unidos começaram a exportar aviões muito baratos sem nenhum tipo de proteção alfandegária. A medida apressou o fim da jovem indústria brasileira de aviões. “As primeiras companhias de construção aeronáutica dependiam fortemente do Estado, que, embora não fosse único comprador, sem dúvida era o principal”.
A historiadora Nilda Oliveira, professora e pesquisadora do Departamento de Humanidades do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), descreveu que a “A interrupção das encomendas depois da guerra foi determinante para o fim das empresas brasileiras construtoras de avião.
1936 - EAY-201 Ypiranga
A fundação da Empresa Aeronáutica Ypiranga, na capital paulista, em 1931, foi resultado da união de três importantes personagens da história da aviação brasileira: Henrique Dumont Villares, Fritz Roesler e Orthon William Hoover.

O EAY-201 Ypiranga ainda com o motor original, o desenho básico lembra o Paulistinha.



1932 - Eng° George Corbisier e Fritz RoeslerHenrique Dumont Villares era sobrinho e afilhado de Alberto Santos Dumont, por quem mantinha grande admiração. Engenheiro agrônomo formado na Bélgica, foi ele quem trouxe Santos Dumont de volta ao Brasil em 1929, por conta de sua saúde debilitada.  Os dois primeiros projetos da empresa foram os planadores de instrução EAY “Primário”, cópia modificada do planador alemão Zoegling, de construção mista, monoplace de cabine aberta e asa alta, e o EAY “Secundário” que tinha cabine fechada, estrutura de madeira e dimensões similares. Ambos decolavam com ajuda de reboque, por automóvel ou caminhão. Foram fabricadas seis unidades desses planadores. O grande sucesso seria a aeronave EAY-201 Ypiranga. Projetado e construído em 1934 pelos próprios Roesler e Hoover, era um avião monomotor de asa alta, tinha fuselagem de tubos de aço soldado, externamente recoberto de tela, asas de madeira enteladas e trem de pouso fixo, biplace em tandem com cabine fechada.

O protótipo voou em 1935 e, logo em seguida, foi para o Rio de Janeiro, onde foi testado por oficiais da Aviação Militar Brasileira que o aprovaram unanimemente, fazendo com que recebesse o certificado de homologação e matrícula PP-TBF foi, portanto, a primeira aeronave de fabricação nacional a receber a matricula RAB.

1942 – Paulistinha - Companhia Aeronáutica Paulista (CAP)

O protótipo e os direitos de fabricação do monomotor EAY-201 Ypiranga, pertencentes à Empresa Aeronáutica Ypiranga.

O projeto recebeu melhorias realizadas por Clay Presgrave do Amaral, Romeu Corsini e Adonis Maitino, nas oficinas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e recebeu o nome de CAP-4 Paulistinha, caracterizando-se como uma aeronave voltada ao treinamento primário de pilotos civis.

1943 -  Em 80 dias após ser homologado, o Paulistinha começou a sair das linhas de montagem da CAP. Apenas 20 exemplares foram construídos da primeira versão do CAP-4, dando lugar a outras três versões: CAP-4A, CAP-4B, CAP-4C.


1943 - 1948 - Começou a ser produzido durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi favorecido pelas dificuldades do comércio internacional. 
Entre 1943 a 1948 foram produzidas 777 unidades do Paulistinha. Foram exportadas aproximadamente 20 unidades para países como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Portugal, Itália e Estados Unidos.

A produção do CAP-4 foi encerrada em 1948 e retomada, sob novas bases, em 1955, quando a Sociedade Construtora Aeronáutica Neiva adquiriu os direitos para sua fabricação. O projeto sofreu algumas modificações e a aeronave foi rebatizada de “Paulistinha 56”. Foi relançado em 1956 e cerca de 260 exemplares foram fabricados pela Neiva.

1942 - a CAP comprou os direitos de fabricação do avião EAY-201, da empresa aeronáutica Ypiranga. O avião era uma cópia de um modelo famoso norte-americano. O IPT foi contratado para projetá-lo, tarefa cuja direção coube a Romeu Corsini.

1943 - a CAP começava a produzir em série a aeronave que ganhava o nome industrial CAP- 4. Tinha início a longa e bem-sucedida trajetória do Paulistinha.
O Paulistinha era uma avião de dois lugares, asa alta, estrutura de madeira de tubos de aço cromo-molibdênio, e foi empregado largamente no treinamento de pilotos civis pelos aeroclubes.
Com o fim da guerra, a Companhia Aeronáutica Paulista enfrentou os mesmos problemas que suas congêneres nacionais. Gradativamente cessavam as compras da Campanha Nacional de Aviação. O mercado militar, por sua vez, encontrava-se abastecido por aviões norte-americanos, sobras de guerra. A CAP a fabricante do Paulistinha e seus outros projetos de aeronaves foram paralisados, a CAP fechou definitivamente suas portas em 1949.
1965 – 1968 - avião Bandeirante – CTA
O órgão do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) - iniciou o desenvolvimento de um antigo projeto de aeronave, chamada então de IPD-6504 (por ser o quarto modelo projetado no ano de 1965), sob as especificações de um pedido do Ministério da Aeronáutica. Em 25 de junho de 1965, o desenvolvimento do projeto pelo CTA foi autorizado pelo governo de Castelo Branco.
1968 - Avião bandeirante – Embraer
O projeto do avião Bandeirante é anterior à criação da Embraer. Em junho de 1965, o IPD (Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento) - órgão do CTA (Centro Técnico Aeroespacial). O projeto baseou-se em um estudo sobre a densidade do tráfego aéreo comercial brasileiro, principalmente em cidades pequenas, e ao comprimento e tipo de piso das pistas dos aeródromos nacionais.

O Bandeirante é um avião turboélice metálico, de asa baixa, equipado com duas turbinas Pratt & Whitney PT6-020, cada uma de 580 HP na decolagem e com capacidade para oito pessoas. 
Avião Bandeirante - IPD-6504 em agosto de 1969 – EMB100
O projeto baseou-se em um estudo sobre a densidade do tráfego aéreo comercial brasileiro, principalmente em cidades pequenas, e ao comprimento e tipo de piso das pistas dos aeródromos nacionais.

O Bandeirante é um avião turboélice metálico, de asa baixa, equipado com duas turbinas Pratt & Whitney PT6-020, cada uma de 580 HP na decolagem e com capacidade para oito pessoas.
O segundo protótipo Bandeirante fez seu voo inaugural, ainda sob responsabilidade da equipe do CTA. Em 02 de janeiro de 1970, a Embraer começou a funcionar e assumiu a produção da aeronave, produzindo inteiramente o terceiro protótipo.
1970 – Terceiro protótipo – Bandeirante



Equipado como laboratório voador para pesquisas de sensoriamento remoto da CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais). O terceiro protótipo voou pela primeira vez em 29 de junho de 1970.