terça-feira, 14 de agosto de 2012

Reserva Estratégica - Água, Alimento, Petróleo e Terra

É uma reserva organizada, controlada e quantificada de uma matéria-prima com importância para a continuação equilibrada de uma sociedade, mantendo os pesos econômico e seus quantitativos em matéria suficiente e necessária a continuação da sobrevivência coletiva.

Ao longo dos tempos na sobrevivência e permanência da humanidade como unidade coletiva e civilizada ocorreram momentos significativos onde homens com visão humanística e futurística buscaram reproduzir esse efeito da reserva estratégica:

Alimentos no Antigo Egito – 4.000 AC

O que deu origem a civilização egípcia foi por uma ordem da força da natureza eles terem nascido na região do rio nilo onde brotou as primeiras gramas alimentares da humanidade, o trigo e a cevada. Os egípcios por terem em sua cultura uma relação com tudo que o cercava domesticou essas gramas e também os primeiros animais considerados domésticos (o boi , o cavalo, a galinha, o gato e o cachorro).

Os egípcios confiavam que o rio Nilo lhes daria sempre uma boa colheita, mesmo que em outras regiões houvesse fome. A alimentação básica do egípcio era o pão e a cerveja, produzidos a partir das maiores plantações que cultivavam: o trigo e a cevada. A maioria dos egípcios morava em casas de juncos ou de taipa. Eram casas simples, com um cômodo central que servia de quarto e sala, onde a família se reunia. As casas maiores possuíam uma cozinha com forno e fogão a lenha, que já eram conhecidos, sendo construídos de tijolos de barro.

A farinha de trigo era misturada com água e mel, sendo fermentada e assada. Sentavam-se ao chão e comiam em pratos de argila queimada ou de metal. Com o trigo fabricavam vários tipos de pão, incluindo doces e bolos. Plantações de gengibre, feijão, quiabo, pepino, alface, alho-poró, cebola, azedinha, uvas, melão, cabaça e lentilha eram comuns de se ver ao longo do Nilo. Como não existia o açúcar, as pessoas ricas usavam o mel para adoçar seus pratos. Os pobres empregavam tâmaras e sucos de frutas. Figos, tâmaras, romãs e uvas eram as frutas cultivadas. Os vegetais eram servidos com vinagre e azeite, já conhecidos. Os egípcios armazenavam a comida em jarras ou celeiros. Carnes e peixes eram secados ao sol, ou simplesmente salgados. 

Os faraós controlavam os estoques de grãos como uma especie de reserva estratégica, que serviam para regularizar a oferta durante os anos de penúria. A alimentação do povo era uma das responsabilidades dos faraós, e eles não se descuidavam desta responsabilidade

Manejo das águas Brasil – a mais de 200 anos

No Brasil sempre se deu muita importância ao maneja da água nas regiões do Nordeste.o Brasil é esta situado em uma grande bacia de aquíferos subterrâneos.

Água em reservas em forma de açudes Brasil - 1825

Na realidade do semi-árido nordestino – onde campeia a fatalismo – ainda se observa a existência de práticas de manejo solo/água e de cultivo que se diferenciam daquelas típicas da era paleolítica tão somente por utilizarem instrumentos de trabalho feitos com os metais. Em conseqüência, é longa a trajetória de mudança e grande a responsabilidade dos formadores de opinião, em especial dos técnicos e cientistas.

As secas de 1825, 1827 e 1830 marcaram o início da açudagem no Nordeste semi-árido como fonte de água para abastecimento humano e animal durante tais períodos.

Em 1831 a Regência Trina autorizou a abertura de fontes artesianas profundas. Em 1856 foi criada a Comissão Científica de Exploração, chefiada pelo barão de Capanema. Dentre as suas recomendações destacam-se: “a abertura de um canal ligando o rio São Francisco ao rio Jaguaribe, a construção de 30 açudes, a abertura de fontes artesianas profundas e melhoria dos meios de transporte”.

Em 1860, o Barão de Capanema fez um relatório de avaliação das obras de combate às secas, defendendo a construção dos açudes, “mas somente quando construídos em lugares convenientes à prática de atividades hidro-agrícolas” e concluía: “é indispensável animar a iniciativa do povo; no princípio é conveniente que ele seja auxiliado, que mostremos o resultado que ele deve atingir; aquilo que ele vê, o convence” (Alves, 1953).

A açudagem pública apresenta um balanço de aproximadamente 1200 a 1500 reservatórios de capacidade superior a 100 mil m3 , com cerca de 450 barragens de mais de um milhão m3 e número menor de açudes entre 2 e 4 bilhões de m3. Alguns açudes públicos foram construídos ao longo de dezenas de anos, tal como o de Cedro, Quixada (CE), cujo projeto datava de 1884 mas só concluído em 1906, ou seja, 22 anos depois.

Tradicionalmente, os açudes e poços do Nordeste brasileiro foram construídos visando principalmente ao abastecimento das populações e dos rebanhos

Reserva estratégica alimentar Brasil - 2012

O Brasil deverá contribuir diretamente com o fornecimento de alimentos para a criação do estoque de emergência aprovado pelos ministros de agricultura do G-20 para atender países pobres em crise alimentar aguda.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, acha que os países produtores poderão contribuir com alimentos e os desenvolvidos importadores, com dinheiro para formação do estoque.
"O Brasil já tem feito doações, como 500 mil toneladas de alimentos (recentemente) e achamos que todos os membros do G-20 devem participar do mecanismo, para atender situações de dificuldade crônica", afirmou ele, à margem da assembleia anual da FAO.

Países desenvolvidos do G-8 costumavam anunciar pacotes de ajuda sem depois cumprir as promessas.


Agora, no G-20, parecem aliviados por dividir a fatura com os emergentes.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) lista 30 países em situação de insegurança alimentar.
A discussão agora é sobre que países poderão recorrer ao estoque, como e qual o volume das reservas.

Para a ONG Oxfam, uma reserva global (reserva estratégica) de cereais de 105 milhões de toneladas custaria US$ 1,5 bilhão, ou US$ 10 por cada pessoa a mais que entrou na categoria de desnutrido como resultado da mais recente crise alimentar.

O diretor eleito da Agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), não tem dúvida: "temos que voltar a ter estoques".

Reservas emergenciais são consideradas essenciais para evitar distúrbios em caso de crises alimentares em países pobres. "Numa situação de preços já voláteis, havendo crise, seca, guerra e tendo que se comprar grandes quantidades, o preço vai ainda mais para cima".

A FAO foi criada há 66 anos para enfrentar a fome no mundo. Há 20 anos, os governos se comprometeram a cortar pela metade o número de famintos até 2015. Hoje, 970 milhões de pessoas não têm o suficiente para comer.

A FAO vai trabalhar com o PAM num projeto-piloto de estoques. Mas a Oxfam considera que os ministros de agricultura deram um "pequeno" passo ao abordarem só os impactos dos preços altos e voláteis e não suas causas.

"Os ministros do G-20 fracassaram em reconhecer que reservas estratégicas de alimentos ou estoques de segurança têm também um papel essencial para ajudar países pobres a enfrentar a volatilidade dos preços".

Mudanças climáticas – ciclo climático

O assunto mais importante hoje comentado no mundo inteiro são sobre as mudanças climáticas  Que estão diretamente interferindo em todas as reservas de energia ou de suprimentos do mundo. Hoje as dificuldades de alguns são os ganhos de outros, mas não podemos esquecer das viradas.

Síndrome do "2012 Maia"

A hipotese da sindrome de 2012 no calendario maia é que faltou espaço na pedra , para completerem o calendario, por isso o resto do calendario foi parar na parede, que passado esse tempo todo só agora que foi descoberto e esclarecido:.

Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos anunciou nesta semana a descoberta do calendário maia mais antigo documentado até o momento.

A descoberta desmonta a teoria nada científica dos que preveem o fim do mundo em 2012, com base no calendário maia.

Essa teoria se baseia na existência de 13 ciclos no calendário maia, conhecidos como “baktun”. Porém, os novos dados mostram que o sistema possui, na verdade, 17 “baktun”.


Ciclos da Lua e, possivelmente, de planetas, feitos pelos maias em Xultún (Foto: William Saturno/David Stuart/National Geographic/Divulgação)
“Isto significa que há mais períodos que os 13 (conhecidos até agora)”, ressaltou o arqueólogo David Stuart, da Universidade do Texas-Austin, um dos autores do artigo publicado pela revista “Science”. Ele apontou que o conceito foi “manipulado”, e disse que o calendário maia continuará com seus ciclos por mais milhões de anos.

As pinturas encontradas em paredes de ruínas da cidade de Xultún, na Guatemala, foram feitas no século 9. O calendário documenta ciclos lunares e o que poderiam ser ciclos planetários, explicaram Stuart e seu colega William Saturno, da Universidade de Boston.

 A escrita pintada no que seria um templo são vários séculos mais antigos que os "códices maias". Esses livros escritos em papel de crosta de árvore eram os registros escritos mais antigos da cultura maia e foram produzidos por volta do século 13.

 A sala, segundo os especialistas, faz parte de um complexo residencial maior. Os pesquisadores lamentam que parte do quarto tenha sido danificada por saqueadores, mas foi possível conservar várias figuras humanas pintadas e hieróglifos escritos em preto e vermelho.

Em uma delas, aparece a figura do rei com penas azuis e glifos perto de seu rosto que, segundo decifraram, significam “irmão menor”.

Outra parede contém uma série de cálculos que correspondem ao ciclo lunar. Os hieróglifos de uma terceira parede estariam relacionados aos ciclos de Marte, Mercúrio e, possivelmente, Vênus, segundo os pesquisadores.

Os autores indicam que o objetivo de elaborar esses calendários, segundo os estudos realizados a partir dos códices maias encontrados previamente, era o de buscar a harmonia entre as mudanças celestes e os rituais sagrados, e acreditam que essas pinturas poderiam ter tido o mesmo fim.

“Pela primeira vez, vemos o que podem ser registros autênticos de um escrivão, cujo trabalho consistia em ser o encarregado oficial de documentar uma comunidade maia”, assinalou William Saturno. Em sua opinião, parece que as paredes teriam sido utilizadas como se fossem um quadro-negro, para resolver problemas matemáticos.

cidade maia descoberta em 1915 proporcionará novas descobertas nas décadas vindouras.

Reserva estratégica de forragens Brasil - 

É a reserva de alimentos necessária para garantir um bom desempenho dos animais durante todo o ano, principalmente nos períodos de seca. Um simples cálculo é sufi ciente para indicar a quantidade de forragem a ser produzida e armazenada ou colhida nos pastos nativos.

Para fazer contas sobre a formação da reserva forrageira torna-se necessário que o extensionista e os produtores entendam que os diferentes alimentos (forragem verde, silagem, feno, concentrados) têm diferentes proporções de água na sua composição e que todas as contas devem ser feitas com base na proporção de matéria seca dos alimentos.

A matéria seca (MS) é constituída pela porção restante do alimento, quando se elimina a água.

É importante ter informações sobre a quantidade de água que existe nas forragens, pois este conhecimento é de fundamental importância tanto para o processo de fenação, quanto de ensilagem e também para definição de compra e transporte de volumosos, tão comuns nos períodos de seca.

Reserva estratégica  - Proálcool – Brasil

Pressionado pelo primeiro choque do petróleo, causado pela guerra do Golfo Pérsico (Yom Kipur) e do embargo à exportação de petróleo cru pela OPEP, em 1973, o governo brasileiro criou, na segunda metade do ano de 1975, o programa denominado PRO ÁLCOOL.

O PROÁLCOOL foi desenvolvido para incentivar a produção de álcool e viabilizar seu uso como combustível para automóveis e como matéria-prima para a indústria química.
Na safra 75/76, a produção nacional de álcool foi de 555.627 m3 (cerca de 158.750 barris de petróleo), enquanto a produção de petróleo era de 160 mil barris/dia, correspondente à 23% das necessidades do país.

Os gastos com a importação de petróleo passaram de U$ 600 milhões, em 1973, para U$ 2 bilhões, em 1974. Mas, na segunda crise do petróleo, em 1979, o país já fabricava automóveis movidos a álcool e a produção de álcool atingiu 3.396.455 m3.

Em 1983, as vendas de carros a álcool ultrapassaram o nível dos anos anteriores (cerca de 200 mil veículos/ano, 38% do total de veículos vendidos) para 581.000 veículos/ano (88,5% do total de veículos vendidos).

Em 1986, a produção de carros a álcool atingiu seu auge: 698.564 veículos (92,0% do total de veículos vendidos).

Reserva estratégica Etanol Brasil

Devido a esta ação nos anos 70 o Brasil manteve uma reserva estratégia que gerou uma economia de US$266bi,o que equivale a 71% das reservas cambiais brasileiras, de US$ 375,9 bilhões em 3 de agosto.

O Brasil economizou US$ 266 bilhões em importação de gasolina entre 1975 e 2011 graças ao aumento do uso de etanol nesses 36 anos.

A estimativa é de Plínio Nastari, presidente da Datagro, que considerou taxas de juros usadas para o pagamento da dívida no cálculo. O montante equivale a 71% das reservas.

Reserva estrategica de petroleo EUA – 1975 (Bill Clinton)

A reserva estratégica de petróleo é um armazenamento emergencial dos Estados Unidos, e é a maior fonte de petróleo de emergência do mundo.

A reserva armazena 570 milhões de barris de óleo cru em cavernas de sal subterrâneas, em quatro locais ao longo do Golfo do México.

Um barril contém 42 galões ou 159 litros de óleo.

Para criar as cavernas os trabalhadores perfuram um domo de sal e colocam água para dissolvê-lo. Cada caverna tem cerca de 600 metros e pode guardar 38 mil m3 de óleo.

O governo utiliza as cavernas de sal porque os custos de armazenamento subterrâneo são menores do que os custos dos tanques de superfície e porque as pressões do terreno em volta do reservatório selam os vazamentos.

O Departamento de Energia afirma também que a diferença de temperaturas nas cavernas subterrâneas conserva o óleo circulando, o que contribui para manter sua qualidade.

O governo escolheu o Golfo do México para guardar o óleo devido à proximidade das refinarias e às facilidades de embarque imediato.

Esses locais encontram-se em Bryan Mound (próximo de Freeport) e Big Hill (próximo de Winnie), no Texas; West Hackberry (perto de Lake Charles) e Bayou Choctaw (próximo de Baton Rouge), na Lousiana.

A reserva pode armazenar 700 milhões de barris. A maior parte do óleo da reserva vem do México e do Mar do Norte.

O governo federal gasta 21 milhões de dólares por ano para manter a reserva na qual trabalham cerca de 1.150 pessoas. Aproximadamente 125 são funcionários do governo e os demais são trabalhadores contratados.

No orçamento do ano de 2001 o Departamento de Energia gastou cerca de 157 milhões na compra de óleo para a reserva. Os Estados Unidos começaram a reservar óleo em 1975, depois do corte de suprimentos ocorrido no embargo de 1973-1974.

O embargo foi um choque para a economia dos EUA, o que fez o governo decidir jamais ser surpreendido pela escassez novamente. Os Estados Unidos usam quase 19 milhões de barris de petróleo todos dias, mais da metade vindo de importações.

É necessário que haja uma reserva de petróleo equivalente a 60 dias para auxiliar o suprimento caso haja um corte brusco no fornecimento. A última vez que o Estados Unidos usou petróleo armazenado foi em 1991 durante a guerra do Golfo Pérsico, tendo como objetivo conservar a abundância das reservas e a estabilidade dos preços.


Devemos tratar esta questão como um todo, seja na área da alimentação, da energia, da água e inclusive das terra raras.


Este assunto hoje é muito tratado na esfera de negócios, como a falta do milho nos estados unidos por motivo de seca, gerando inflação na criação de frangos no Brasil.

Uma situação que todos devemos incluir em nossas vidas diariamente. O clima muda a seca ocorre, o petróleo fica escasso, os alimento são reduzidos pela secas ocasionadas pelo ciclo climáticos e das secas.

A diretriz ou a orientação que deve direcionar esta estratégia são as condições da escassez, os ciclos climáticos ou mesmo os problemas de ordem sócio politicas.

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