quinta-feira, 22 de maio de 2014

Rastreamento Avançado de Materiais – RastreMat – Artigo 02/03

Rastrear – Rastreamento - Rastreabilidade - Tracking

Seguir o rastro, examinar, acompanhar.

A rastreabilidade é a capacidade de reconstruir a história de um produto através da identificação e da documentação de todos os passos do processo para obtenção do mesmo, possibilitando individualizar a responsabilidade dos operadores envolvidos na produção do mesmo.

A adoção de um sistema de rastreabilidade é justificada para:
a) Segurança - agilizar a identificação e controle para retirada de produtos que possam oferecer riscos para a saúde humana ou o meio ambiente;
b) reconstruir o histórico técnico-comercial, e ou localização e destino de materiais ou equipamentos (passagem de propriedade, troca de destino, resolução de problemas, etc.);
c) ser uma exigência de mercado de consumo, sendo um importante quesito de qualidade para a confiabilidade na comercialização;
d) ser uma exigência para a certificação de produtos industriais ou natura,
e) criar uma base de dados importante para a gestão operacional eficiente das empresas;
f) controle eficiente dos materiais ou equipamentos no início (projeto e fabricação) meio (movimentação e qualidade) e fim (montagem e operação) da sua aplicação.

A portaria do INMETRO 443 de 23 de novembro de 2011:
Define que rastreabilidade como sendo um processo que permite resgatar a origem do produto e todas as etapas adotadas sob o regime de Produção Integrada e pode ser considerada uma ferramenta permanente para aplicação ocasional e não atuando sozinha na cadeia produtiva.


PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RASTREABILIDADE
Para a implantação da rastreabilidade na cadeia produtiva, é necessário observar alguns princípios básicos:
a) divisão da área produtiva;
b) adoção de controles físicos ou no de campo;
c) identificação das unidades, na fabricação ou produção, através de etiquetagem ou tatuagem pré-confeccionadas com códigos de barras, ou outras identificações capazes de correlacionar o produto com todas as informações de local de origem e do processo produtivo;
d) processamento dos produtos em unidades ou lotes homogêneos;
e) adoção de logística, na indústria de processamento ou empacotadora, capaz de manter a individualidade das unidades ou em lotes dentro do sistema, garantindo a homogeneidade do produto final.


A partir da fabricação a unidade produzida recebe uma identidade única, que é gerenciada e impressa por um sistema informatizado através de código de barras, garantindo assim a identificação em todos os processos e elos de cadeia de produção até chegar ao consumidor final

As etiquetas: Deverão ser de material reciclável, resistentes à água e removíveis. Em sua confecção, as informações serão inseridas de duas maneiras: através de escrita legível e através de código de barras.

Os códigos de barras a serem utilizados nas unidades de produção são de livre escolha, podendo ser no padrão EAN 8, EAN 13, EAN 14, EAN/UCC 128, ITF, UPC-A e RSS. O importante na escolha dos códigos é a capacidade de armazenar as informações indispensáveis, para a manutenção dos registros durante o transporte do centro de produção até ao armazenamento, ou empacotamento, sendo legíveis eletronicamente pelos equipamentos disponíveis.

São itens importantes par a definição da implantação de um sistema de rastreabilidade a definição :
1 –Determinar como atribuir recolher partilhar e manter os dados de rastreabilidade
2 – Determinar como gerir as ligações entre as entradas, os processo internos e as saídas
3 – Atribuir identificação ao produto, ao local e bens artigos,
4 – iniciar a ação da aplicação da rastreabilidade,
5 – Definir uma estratégia da logística aplicada e das ferramentas utilizadas,


Todos os sistemas de rastreabilidade devem ter os seguintes módulos ou componentes essenciais:
- Identificação,
- Módulo central,
- Módulo distribuído em planta ou de atualização,
- Módulo de consulta e administração,
- Módulo de publicação.
- Identificação

A identificação dos produtos/animais é fundamental para o funcionamento do sistema de rastreabilidade.
Esta identificação deve realizar-se por algum dos muitos métodos existentes atualmente:

Legenda: Etiquetas com código de barras e código numérico. 
Código utilizado: Cada elemento a rastrear é identificado por um código que pode ser lido visualmente, quando se tratar de combinação alfanumérica ou numérica, ou interpretado por um equipamento de leitura óptica, quando se tratar de composição por código de barras.
A identificação é realizada com um código interno, que só é gerado pelo sistema, mas fácil de gerar em qualquer momento. Por exemplo para o gado bovino utilizam-se brincos com códigos de barra para armazenar dados como as datas de nascimento, das vacinas e de  venda do animal.
 

Código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos. A decodificação (leitura) dos dados é realizada por um tipo de scanner - o leitor de código de barras -, que emite um raio vermelho que percorre todas as barras.
Onde a barra for escura, a luz é absorvida; onde a barra for clara (espaços), a luz é refletida novamente para o leitor.
Os dados capturados nessa leitura óptica são compreendidos pelo computador, que por sua vez converte-os em letras ou números humano-legíveis.

A rastreabilidade se confunde com o código de barra:
Norman Joseph Woodland tinha 91 anos. Inventou o sistema em 1940, mas só nos anos 70 é que foi aproveitado. Hoje prevê-se que sejam lidos cinco mil milhões de códigos de barra por dia.  
A história diz que Norman Joseph Woodland inventou o código de barras sentado numa cadeira, rodeado de areia. Naquele momento pensava no código Morse quando começou a desenhar com os dedos linhas na areia.

Pensado em 1940, a ideia estava muito à frente do seu tempo, mas foi trabalhada por Woodland e Bernard Silver. Foi patenteada em 1952, mas só em 1974 foi pela primeira vez utilizada. O primeiro código de barras a ser lido foi em Ohio, EUA, e pertencia a um pacote de pastilhas.
Em 2011 Woodland e Silver entraram para o Hall Of Fame dos inventores. Woodland faleceu na sua casa em Nova Jérsei.

O código EAN/UPC é um sistema internacional que auxilia na identificação inequívoca de um item a ser vendido, movimentado e armazenado, sendo o EAN-13 o padrão utilizado mundialmente, exceto nos EUA e Canadá.
A estrutura numérica do código (que geralmente mostra os números que representa abaixo das barras) leva as seguintes informações (tomando-se como exemplo o código 7898357411232):
Os 3 primeiros dígitos representam a origem da organização responsável por controlar e licenciar a numeração.
Os 3 primeiros dígitos NÃO indicam origem de produto ou da empresa detentora dos códigos; os próximos dígitos, que podem variar de 4 a 7, representam a identificação da empresa proprietária de tal prefixo; no exemplo é 835741 (6 dígitos); os dígitos 123 representam a identificação do produto, e são atribuídos pelo fabricante, quando o mesmo possuí um prefixo próprio; o último dígito 2 é chamado de dígito verificador e confirma matematicamente que os dígitos precedentes estão corretos.
No total o código EAN-13 deve ter 13 dígitos. Vale ressaltar que os números da empresa variam de empresa para empresa, os números que identificam o item variam de item para item e o dígito verificador deve ser recalculado a cada variação na numeração. Existem outros tipos de códigos padrões para diversas aplicações.

Código QR (sigla do inglês - Quick Response)
é um código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaniado do usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera. Esse código é convertido em texto (interativo), um endereço URI, um número de telefone, uma localização georreferênciada, um e-mail, um contato ou um SMS.
Inicialmente empregado para catalogar peças na produção de veículos, hoje o QR Code é usado no gerenciamento de inventário e controle de estoque em indústrias e comércio. Desde 2003, foram desenvolvidas aplicações que ajudam usuários a inserir dados em telefone celular (telefone móvel) usando a câmera do aparelho.
Os códigos QR são comuns também em revistas e propagandas, para registrar endereços e URLs, bem como informações pessoais detalhadas.
Em cartões de visita, por exemplo, o código QR facilita muito a inserção desses dados em agendas de telefones celulares. Programas de captura ou PCs com interface RS-232C podem usar um escâner para capturar as imagens. 

O padrão japonês para o código QR, JIS X 0510, foi lançado em janeiro de 1999 e corresponde ao padrão internacional ISO/IEC 18004, tendo sido aprovado em junho de 2000. Segundo o site da Denso-Wave, o "código QR é aberto para uso e sua patente, pela Denso-Wave, não é praticada". 
Rastreamento avançado de Materiais e Equipamentos.

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