Rastrear – Rastreamento -
Rastreabilidade - Tracking
A rastreabilidade é a capacidade de reconstruir a
história de um produto através da identificação e da documentação de todos os
passos do processo para obtenção do mesmo, possibilitando individualizar a responsabilidade
dos operadores envolvidos na produção do mesmo.
A adoção de um sistema de rastreabilidade é
justificada para:
a) Segurança - agilizar a identificação e controle para
retirada de produtos que possam oferecer riscos para a saúde humana ou o meio ambiente;
b) reconstruir o histórico técnico-comercial, e ou
localização e destino de materiais ou equipamentos (passagem de propriedade,
troca de destino, resolução de problemas, etc.);
c) ser uma exigência de mercado de consumo, sendo um
importante quesito de qualidade para a confiabilidade na comercialização;
d) ser uma exigência para a certificação de produtos
industriais ou natura,
e) criar uma base de dados importante para a gestão
operacional eficiente das empresas;
f) controle eficiente dos materiais ou equipamentos no
início (projeto e fabricação) meio (movimentação e qualidade) e fim
(montagem e operação) da sua aplicação.
A portaria do INMETRO 443 de 23 de novembro de 2011:
Define que rastreabilidade como sendo um processo que
permite resgatar a origem do produto e todas as etapas adotadas sob o regime de
Produção Integrada e pode ser considerada uma ferramenta permanente para
aplicação ocasional e não atuando sozinha na cadeia produtiva.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RASTREABILIDADE
a) divisão da área produtiva;
b) adoção de controles físicos ou no de campo;
c) identificação das unidades, na fabricação ou
produção, através de etiquetagem ou tatuagem pré-confeccionadas com códigos de
barras, ou outras identificações capazes de correlacionar o produto com todas
as informações de local de origem e do processo produtivo;
d) processamento dos produtos em unidades ou lotes
homogêneos;
e) adoção de logística, na indústria de processamento
ou empacotadora, capaz de manter a individualidade das unidades ou em lotes dentro
do sistema, garantindo a homogeneidade do produto final.
A partir da fabricação
a unidade produzida recebe uma identidade única, que é gerenciada e impressa
por um sistema informatizado através de código de barras, garantindo assim a
identificação em todos os processos e elos de cadeia de produção até chegar ao
consumidor final
As etiquetas: Deverão ser de material reciclável,
resistentes à água e removíveis. Em sua confecção, as informações serão
inseridas de duas maneiras: através de escrita legível e através de código de
barras.
Os códigos de barras a serem utilizados nas unidades
de produção são de livre escolha, podendo ser no padrão EAN 8, EAN 13, EAN 14, EAN/UCC
128, ITF, UPC-A e RSS. O importante na escolha dos códigos é a capacidade de
armazenar as informações indispensáveis, para a manutenção dos registros
durante o transporte do centro de produção até ao armazenamento, ou empacotamento, sendo legíveis
eletronicamente pelos equipamentos disponíveis.
São itens
importantes par a definição da implantação de um sistema de rastreabilidade a
definição :
1 –Determinar como atribuir recolher partilhar e manter os dados de
rastreabilidade
2 – Determinar como gerir as ligações entre as entradas, os processo
internos e as saídas
3 – Atribuir identificação ao produto, ao local e bens artigos,
4 – iniciar a ação da aplicação da rastreabilidade,
5 – Definir uma estratégia da logística aplicada e
das ferramentas utilizadas,
Todos os
sistemas de rastreabilidade devem ter os seguintes módulos ou componentes
essenciais:
- Identificação,
- Módulo
central,
- Módulo
distribuído em planta ou de atualização,
- Módulo de
consulta e administração,
- Módulo de
publicação.
- Identificação
A
identificação dos produtos/animais é fundamental para o funcionamento do
sistema de rastreabilidade.
Esta identificação deve realizar-se por algum dos
muitos métodos existentes atualmente:
Legenda:
Etiquetas com código de barras e código numérico.
Etiquetas com ou sem códigos de barras.
Código utilizado: Cada elemento a rastrear é
identificado por um código que pode ser lido visualmente, quando se tratar de
combinação alfanumérica ou numérica, ou interpretado por um equipamento de
leitura óptica, quando se tratar de composição por código de barras.
A identificação é realizada com um código interno, que só é gerado pelo
sistema, mas fácil de gerar em qualquer momento. Por exemplo para o gado bovino utilizam-se
brincos com códigos de barra para armazenar dados como as datas de nascimento,
das vacinas e de venda do animal.
Código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou
alfanuméricos. A decodificação (leitura) dos dados é realizada por um tipo de
scanner - o leitor de código de barras -, que emite um raio vermelho que
percorre todas as barras.
Onde a barra for escura, a luz é absorvida; onde a
barra for clara (espaços), a luz é refletida novamente para o leitor.
Os dados
capturados nessa leitura óptica são compreendidos pelo computador, que por sua
vez converte-os em letras ou números humano-legíveis.
A rastreabilidade se
confunde com o código de barra:
Norman Joseph Woodland tinha
91 anos. Inventou o sistema em 1940, mas só nos anos 70 é que foi aproveitado.
Hoje prevê-se que sejam lidos cinco mil milhões de códigos de barra por dia.
A história diz que Norman Joseph Woodland
inventou o código de barras sentado numa cadeira, rodeado de areia. Naquele
momento pensava no código Morse quando começou a desenhar com os dedos linhas
na areia.
Pensado em 1940, a ideia
estava muito à frente do seu tempo, mas foi trabalhada por Woodland e Bernard
Silver. Foi patenteada em 1952, mas só em 1974 foi pela primeira vez utilizada.
O primeiro código de barras a ser lido foi em Ohio, EUA, e pertencia a um
pacote de pastilhas.
Em 2011 Woodland e Silver
entraram para o Hall Of Fame dos inventores. Woodland faleceu na sua casa em
Nova Jérsei.
O código EAN/UPC é um sistema
internacional que auxilia na identificação inequívoca de um item a ser vendido,
movimentado e armazenado, sendo o EAN-13 o padrão utilizado mundialmente,
exceto nos EUA e Canadá.
A estrutura numérica do código (que geralmente mostra
os números que representa abaixo das barras) leva as seguintes informações
(tomando-se como exemplo o código 7898357411232):
Os 3 primeiros dígitos
representam a origem da organização responsável por controlar e licenciar a
numeração.
Os 3 primeiros dígitos NÃO indicam origem de produto ou da empresa
detentora dos códigos; os próximos dígitos, que podem variar de 4 a 7,
representam a identificação da empresa proprietária de tal prefixo; no exemplo
é 835741 (6 dígitos); os dígitos 123 representam a
identificação do produto, e são atribuídos pelo fabricante, quando o mesmo
possuí um prefixo próprio; o último dígito 2 é chamado de dígito verificador e
confirma matematicamente que os dígitos precedentes estão corretos.
No total o código EAN-13 deve
ter 13 dígitos. Vale ressaltar que os números da empresa variam de empresa para
empresa, os números que identificam o item variam de item para item e o dígito
verificador deve ser recalculado a cada variação na numeração. Existem outros
tipos de códigos padrões para diversas aplicações.
Código QR (sigla do inglês - Quick Response)
é um código de barras bidimensional que pode
ser facilmente escaniado do usando a maioria dos telefones celulares equipados
com câmera. Esse código é convertido em texto (interativo), um endereço URI, um
número de telefone, uma localização georreferênciada, um e-mail, um contato ou
um SMS.
Inicialmente empregado para
catalogar peças na produção de veículos, hoje o QR Code é usado no
gerenciamento de inventário e controle de estoque em indústrias e comércio.
Desde 2003, foram desenvolvidas aplicações que ajudam usuários a inserir dados
em telefone celular (telefone móvel) usando a câmera do aparelho.
Os códigos QR
são comuns também em revistas e propagandas, para registrar endereços e URLs,
bem como informações pessoais detalhadas.
Em cartões de visita, por exemplo, o
código QR facilita muito a inserção desses dados em agendas de telefones
celulares. Programas de captura ou PCs com interface RS-232C podem usar um
escâner para capturar as imagens.
O padrão japonês para o
código QR, JIS X 0510, foi lançado em janeiro de 1999 e corresponde ao padrão
internacional ISO/IEC 18004, tendo sido aprovado em junho de 2000. Segundo o
site da Denso-Wave, o "código QR é aberto para uso e sua patente, pela Denso-Wave,
não é praticada".
Rastreamento avançado de
Materiais e Equipamentos.
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