quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Petrobras assina contrato para construção de navios


A Petrobras assinou na tarde de ontem três contratos para construção de embarcações para afretamento por período (Time Charter Party) com Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs).

A contratação inicial é de nove navios por um período de 15 anos e as embarcações serão construídas no Brasil por EBNs, com previsão de entrar em operação entre 2011 e 2014.

São três navios para transporte de bunker (combustível marítimo) de aproximadamente 4.500 TPB (Toneladas de Porte Bruto), contratados à Navegação São Miguel. Outros três, também para transporte de bunker, de aproximadamente 2.500 TPB, contratados à Delima Comércio e Navegação, além de três embarcações para transporte de produtos claros, de aproximadamente 45.000 TPB, contratadas junto à Global Transporte Oceânico.

No total serão 19 os navios contratados no programa EBN, que é parte integrante de um conjunto de iniciativas da Petrobras para estimular a construção naval no Brasil. De acordo com a estatal, a ação pretende reduzir a dependência do mercado externo de fretes marítimos, gerar empregos e tem como referência parâmetros internacionais de custos e qualidade.

(Agência IN - 30 de dezembro de 2009)

EBN contrata apenas nove navios

Divergências contratuais entre a Petrobras e o grupo espanhol Elcano impediram que o contrato arrematado pela armadora no programa Empresas Brasileiras de Navegação (EBN) fosse assinado nesta terça-feira (29/12), contou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. "Ainda temos pendências para fechar com a Elcano. Eles poderiam estar aqui hoje. Já definimos preço, mas temos algumas divergências em relação a parte do contrato", disse durante cerimônia para assinatura de contratos com as empresas Global Transporte Oceânico, Delima Comércio e Navegação, e Navegação São Miguel.

O Grupo Elcano, que recentemente assumiu o Estaleiro Itajaí (SC), arrematou na concorrência construção e afretamento por 15 anos de três gaseiros pressurizados com 7.000 m³ de capacidade. Esta não é a primeira vez que a Petrobras encontra dificuldades para fechar um negócio com o grupo. A empresa foi vencedora da concorrência do Promef 1 que previa a construção de outros três gaseiros, mas acabou abrindo mão das embarcações.

A Petrobras fechou hoje o afretamento de nove embarcações, que serão construídas no Brasil e terão tripulação brasileira. Costa não quis revelar a taxa diária do afretamento. A Global construirá três navios para transporte de produtos claros com capacidade para 45.000 t. Delima e São Miguel construirão, cada uma, três navios para o transporte de bunker, tendo as embarcações capacidade para 2.500 t e 4.500 t, respectivamente.

O EBN prevê ainda a contratação de cinco novos petroleiros para transporte de derivados escuros, sendo três com capacidade para 45 mil t e dois para 30 mil t, e dois navios para transporte de derivados claros com capacidade para dois para 30.000 t. A Petrobras julgou os preços apresentados na concorrência excessivos e decidiu negociar com as empresas participantes da concorrência melhor preço pelos lotes. Costa não revelou o nome das empresas que estão negociando, mas o Fundo de Marinha Mercante já aprovou prioridade para a construção de seis navios do programa pela Log-In, que tem a mineradora Vale como acionista.

O diretor da Petrobras voltou a afirmar que a estatal deve lançar novas etapas do Promef e da EBN. Ele também não detalhou a quantidade de embarcações que serão licitadas e prefeiru não revelar um prazo para as novas concorrências. "Certamente, com a demanda que será gerada por conta do pré-sal, vamos precisar de novas embarcações para além de 2014", concluiu Costa.

(Portal Energia Hoje - 29 de dezembro de 2009)

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