domingo, 23 de outubro de 2011

COMPERJ e a linha 3 do metrô RJ

O COMPERJ não altera apenas o cenário industrial e de negócios, mudanças urbanas estarão em curso na porção leste da região metropolitana do RJ impelidas pela instalação do COMPERJ (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro) em Itaboraí, e um dele a construção da Linha 3 do Metrô do RJ que finalmente deverá sair do papel. Um dos últimos entraves foi superado.


 A Prefeitura de Niterói divulgou, o estudo preliminar da estação de integração da Linha 3 do metrô, que interligará a cidade com o Rio, São Gonçalo e Itaboraí. O projeto arquitetônico leva a assinatura do escritório de Oscar Niemeyer. 


Pelo esboço, a obra seria instalada nas proximidades do Caminho Niemeyer, na Praia Grande, no Centro de Niterói, onde haveria um ponto de convergência de usuários das barcas (cuja estação sairia da Praça Araribóia), ônibus municipais e intermunicipais (com a demolição do atual Terminal Rodoviário João Goulart), bem como do próprio transporte sob trilhos. O Caminho Niemeyer sem o terminal intermodal já consumiu mais de R$65 milhões em equipamentos culturais.


Pela proposta da Linha 3, as estações serão dimensionadas para um fluxo de 36 mil passageiros por hora e equipadas com escadas rolantes, além de elevadores para atenderem pessoas portadoras de necessidades especiais. 
Entre as 14 paradas planejadas estão Araribóia, Jansen de Melo, Barreto, Neves, Vila Lage, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Mauá, Antonina, Trindade e Alcântara (elevadas), assim como Jardim Catarina e Guaxindiba (na superfície).

Atualmente, o corredor de transporte entre niteroienses, gonçalenses e itaboraienses é utilizado, quase que exclusivamente, por ônibus, atendendo cerca de 700 mil indivíduos por dia, com uma frota de 1.500 veículos, sem contabilizar viagens internas nas cidades.



Criado há 10 anos, o projeto da Linha do metrô prevê a ligação do Centro de Niterói (Estação Araribóia) a São Gonçalo (Estação Guaxindiba). O projeto original dividia a Linha 3 em três lotes: Lote I (trecho Rio-Niterói), Lote II (trecho Niterói-Guaxindiba) e Lote III (Guaxindiba-Visconde de Itaboraí). Somente o Lote II teve seus estudos de viabilidade realizados, com seu traçado sendo desenvolvido sobre o leito ferroviário Niterói-Itaboraí da Central, aproveitando a sua faixa de domínio.


A construção da Linha 3 beneficiará 350 mil passageiros por dia, com redução significativa do tempo de deslocamento. Nos horários de pico, o tempo de deslocamento no trecho Niterói-São Gonçalo que é de 1h25, cairá para apenas 20 minutos com o novo sistema. A obra proporcionará também a criação de oito mil novos empregos, sendo 2.500 diretos e 5.500 indiretos.


De acordo com o governo estadual a Linha 3 está em fase de negociação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um dos possíveis financiadores do projeto, estimado, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) em R$ 3,5 bilhões. 


Veja um vídeo oficial do Governo do Estado do RJ.

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