Complexo, que vai dobrar de capacidade, chama a atenção de investidores, que já começam a se instalar nos municípios e pretendem construir hotel e porto
A construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, já começa a provocar mudanças na cidade e no município vizinho, São Gonçalo. A obra, que inicialmente teria uma refinaria, agora contará com duas unidades e produzirá, além de matérias-primas para a indústria de plásticos, combustíveis. Sua capacidade passará de 150 mil barris diários de petróleo pesado para 330 mil barris diariamente.
O empreendimento – que deve gerar, até o fim de sua conclusão, 212 mil empregos diretos e indiretos – chamou a atenção de empresários e construtores que já começam a investir na região. Em Itaboraí, o grupo Maio/Paranasa investirá R$ 40 milhões na construção de um hotel com 200 quartos no Centro da cidade. Já São Gonçalo ganhará, em breve, a construção de um porto e o asfaltamento de 22 quilômetros de estrada que ligará o município ao Comperj e facilitará a locomoção de grandes peças necessárias para a construção do polo petroquímico e servirá para escoar a produção.
Para a secretária de Fazenda de Itaboraí, Therezinha Freitas, o Comperj criou inúmeras possibilidades de investimento na região. Nessa primeira fase, de terraplanagem do terreno onde a polo petroquímico será erguido, 116 empresas de construção, engenharia, logística, entre outras, participam das obras, gerando emprego e renda.
“Nessa fase inicial, 106 empresas com sede em outros municípios e dez daqui estão trabalhando na terraplanagem. Cerca de 3 mil empregos estão sendo gerados. Temos muitas etapas ainda a serem cumpridas que vão demandar muita mão de obra, gerar empregos e auxiliar no desenvolvimento do município e região”, explica.
Em São Gonçalo, a chegada do porto trará benefícios imediatos à população. Em reunião com a Petrobras e o Governo do Estado na última segunda-feira, a prefeita Aparecida Panisset e o secretário municipal de Fazenda, Antônio Moreno, acertaram os detalhes para a construção da unidade na praia da Beira, no bairro Itaoca.
“A prefeita pediu para que o acesso ao Porto fosse aumentado de 5,5 metros para 8 metros de calado, com a finalidade de facilitar a entrada de navios maiores, com isso, o investimento vai ter um custo extra de
R$ 240 milhões. A Petrobras já conseguiu R$ 160 milhões em seu orçamento e, em parceria com o governo do Estado, vai arcar com os R$ 80 milhões restantes”, explicou Moreno.
Segundo Aparecida Panisset, os investimentos da Petrobras irão aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do município em até 50% nos próximos anos. Hoje a arrecadação gira em torno de R$ 7 bilhões.
A construção do porto é necessária, segundo a Petrobras, para viabilizar a chegada das grandes peças que serão usadas na construção do Comperj e auxiliar o escoamento de toda matéria-prima produzida quando o polo estiver em funcionamento. Segundo a prefeita, após um estudo de viabilidade a praia da Beira se encaixou em todos os requisitos.
“A praia ainda deve passar por obras, para permitir que embarcações de grande porte façam carga e descarga, deixando São Gonçalo atrativo para a importação e exportação de produtos”, explicou.
De acordo com Aparecida Panisset, além da construção do porto a cidade terá uma estrada de 22 quilômetros asfaltados para atender as demandas do Comperj.
“Quinze quilômetros dessa via que fará a ligação entre o porto e o Comperj passarão por território gonçalense, o que significa que comunidades de Itaoca, Fazenda dos Mineiros, Jardim Catarina, Ipuca e Guaxindiba serão beneficiadas”, revelou a prefeita, acrescentando que solicitou a municipalização da rodovia, a fim de arrecadar com as concessões.
“São Gonçalo está estrategicamente localizado para atender as empresas satélites e devemos considerar que o aquecimento da economia local já deixou nossa área atrativa aos empresários”, garantiu a prefeita.
Aparecida afirmou que o porto trará riqueza e geração de emprego e renda para o município, sem, no entanto, estimar um número preciso.
Segundo o secretário de Fazenda, a desapropriação de toda a área da rodovia irá aumentar o valor arrecadado com o Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI), além de movimentar cerca de R$ 8 bilhões por ano em equipamentos e matéria-prima.
“Teremos um aumento de 2% para 5%” de arrecadação, declarou o secretário.
Fonte: O Fluminense
bem eu tenho uma casa que vale 250.000.00 e estar na mediação da pista que liga a praia da beira a comprj a petrobras ira pagar o valor devido ben estou preocupado.
ResponderExcluirBoa tarde Senhores (as),
ResponderExcluirQue ótimo que as obras da Petrobrás vão trazer para o Município de São Gonçalo grandes investimentos, só que a população da região, ou seja, da Praia da Beira ainda não teve uma resposta que pudesse tranqüilizar os proprietários dos seus imóveis com relação à desapropriação conforme foi publicado no Diário Oficial.
Será que a Prefeita não poderia dar essa satisfação para os proprietários da Praia da Beira?, Apesar de conta a Prefeita foi eleita pelo povo de São Gonçalo.
Obrigado,
Proprietário de um Imóvel na Praia da Beira.