Segundo navio sai até fim do ano
Seg, 10 de Maio de 2010
Presidente da Transpetro disse que embarcação se chamará Celso Furtado
LULA escolheu homenagear 1º superintendente da Sudene
O presidente Lula achou que, ainda na condição de “chefe” do Palácio do Planalto, não veria mais nenhum navio do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) ser lançado ao mar. Eis que o líder cometeu um “pequeno” engano. O presidente da empresa, Angelo Belellis, fez questão de interromper o discurso presidencial para informar que até o fim deste ano deverá estar indo à água o segundo “filho”, que já está entrando nos processos iniciais de construção. Lula não quis guardar segredo e resolvel revelar logo o nome desta embarcação: “Eu escolhi homenagear Celso Furtado”, afirmou, em alusão ao doutor em economia e primeiro superintendente da Sudene.
Todavia, antes de o segundo navio ir ao mar, o petroleiro João Cândido será totalmente concluído e enviado à Transpetro (subsidiária da Petrobras), que fez a encomenda para atender ao Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef I). De acordo com Belellis, o Suezmax ficará pronto até o fim de agosto, marcando a retomada da indústria naval brasileira. Trata-se da primeira embarcação de grande porte construída no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em 13 anos. A última havia sido o Livramento, cuja construção foi encomendada em 1987 e levou dez anos para ser concluída.
O João Cândido tem 274 metros de comprimento, investimento de US$ 120 milhões e capacidade para um milhão de barris de petróleo (metade da produção diária nacional), e será utilizado, principalmente, para o transporte de longo curso (viagens internacionais). Cerca de 3,7 mil funcionários trabalharam na edificação do empreendimento. Sem contar com os dois navios citados, o EAS tem mais 20 encomendas de petroleiros, além da plataforma P-55. Com encomendas do Promef, o Brasil já é o quarto maior fabricante de navios petroleiros do mundo, pois a demanda hoje é de 49 navios. O segundo lançamento de navio do Promef está marcado para junho, no Estaleiro Mauá (Rio de Janeiro).
Fonte: Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO
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