sexta-feira, 18 de março de 2016

Aviões Brasileiros - 01

A Verdadeira história da aviação brasileira

1890 - Leopoldo Silva

um pioneiro da aviação viveu em Bom Jardim.


Nasceu em Minas Gerais, mas ainda jovem, veio a residir em São José do Ribeirão. Posteriormente mudou-se para o distrito de Bom Jardim (naquele tempo ainda pertencente a Cantagalo). Interessado na possibilidade de exploração comercial da navegação aérea, foi o primeiro brasileiro a pensar na organização de uma companhia de transporte aéreo. Em 1890 solicitou a patente do aeróstato dirigível “21 de Abril” com o volume de 1.177 metros cúbicos, cujo esqueleto chegou a ser construído.

No ano seguinte (1891), Leopoldo chegou a conseguir a patente de seu engenho na Alemanha. Entretanto, morreu precocemente, com apenas 43 anos, sem terminar seu projeto: em 1892, acometido de uma doença fulminante.

Relatório e desenho do aerostato denominado 21 de abril, datado de 15 de fevereiro de 1890


Miniatura do "21 de abril

1904 - Santos Dumont - N-14 

Combinava um balão preso a um aeroplano, já muito semelhante ao 14 Bis. 

1904 - N-14



1906O primeiro avião construído por um brasileiro foi o 14 Bis do Santos Dumont, mas foi fabricado na França - O primeiro voo do 14-Bis, o avião voou por 220 metros.


1907Demoiselle - Santos Dumont construiu 50 unidades.



1910 - O primeiro avião genuinamente brasileiro foi construído por Dimitri Sensaud de Lavaud 

Aviador, inventor e engenheiro francês, naturalizado brasileiro, radicado em Osasco, no Brasil, ironicamente um francês, o aeroplano foi nomeado de São Paulo.


1910 - São Paulo.


O jornal O Estado de S. Paulo em 7 janeiro de 1910 publicou reportagem de página inteira sobre o assunto.

1914 - Nicola Santo - Tourpiller-Santo

Dirigia a construção de hangares e a manutenção dos aparelhos do Aeroclube - Campos dos Afonsos, ele anunciou a montagem de um avião de sua concepção o Tourpiller-Santo, projetado para emprego militar, que estava sendo construído com madeiras brasileiras.

O inicio da “indústria nacional dos aeroplanos” e esperava realizar um voo de seu aparelho “com o apoio das autoridades da guerra”.

1914 - Oficina de montagem 
1914 - Um projeto que ficou paralisado por falta de investimento.


1917 E 1918 - APARELHOS ARIBU E ALAGOAS
1911, na fábrica de Cartuchos e Artefatos de Guerra do Exército, no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, o alagoano e então tenente Marcos Evangelista da Costa Vilella Junior começava seus trabalhos de construção de um avião.

1917 - voou o aparelho Aribu, projetado e construído pelo Tenente Villela Junior.


1917 - Vilella iniciou a construção de um segundo aparelho, batizado Alagoas. Era um avião consideravelmente mais desenvolvido do que o Aribu. Aproveitando a fuselagem de um avião Bleriot, Vilella projetou as asas e hélices e dotou o aparelho de um motor Luckt, importado, de 80 cavalos. Contando, desta vez, com recursos do Ministério da Guerra, Vilella concluiu mais rapidamente o aparelho.


1918, apresentou-o às autoridades militares e à imprensa, realizando um vôo de demonstração no Campos dos Afonsos. O avião elevou-se a cerca de 800 metros de altura e voou suavemente.

O ministro da Guerra, Caetano Faria, assistiu à exibição do avião Alagoas acompanhado dos generais Mendes de Moraes e Andrade Neves, respectivamente, diretor de Material Bélico e chefe da fábrica de cartuchos. O voo teve repercussão na imprensa.

1919 - 1924 - Mas outros anos vieram e aconteceu o Buraco Negro no desenvolvimento da aviação brasileira. 

As experiências do Alagoas demonstravam claramente a viabilidade técnica da construção de aviões no Brasil, empregando materiais nacionais. 

Contudo, não tiveram continuidade. Nem mesmo o impacto da Primeira Guerra Mundial e o papel destacado do avião como arma de guerra sensibilizaram a cúpula do Exército para a criação da arma da aviação, que surgiu mais tarde, em 1927 - 1930.

Se não havia interesse na constituição da arma da aviação, menos ainda havia no desenvolvimento de aeronaves brasileiras.

Veja Aviões Brasileiros - 02

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