segunda-feira, 31 de maio de 2010
Petrobras dobra a capacidade do COMPERJ e construirá porto
A construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, já começa a provocar mudanças na cidade e no município vizinho, São Gonçalo. A obra, que inicialmente teria uma refinaria, agora contará com duas unidades e produzirá, além de matérias-primas para a indústria de plásticos, combustíveis. Sua capacidade passará de 150 mil barris diários de petróleo pesado para 330 mil barris diariamente.
O empreendimento – que deve gerar, até o fim de sua conclusão, 212 mil empregos diretos e indiretos – chamou a atenção de empresários e construtores que já começam a investir na região. Em Itaboraí, o grupo Maio/Paranasa investirá R$ 40 milhões na construção de um hotel com 200 quartos no Centro da cidade. Já São Gonçalo ganhará, em breve, a construção de um porto e o asfaltamento de 22 quilômetros de estrada que ligará o município ao Comperj e facilitará a locomoção de grandes peças necessárias para a construção do polo petroquímico e servirá para escoar a produção.
Para a secretária de Fazenda de Itaboraí, Therezinha Freitas, o Comperj criou inúmeras possibilidades de investimento na região. Nessa primeira fase, de terraplanagem do terreno onde a polo petroquímico será erguido, 116 empresas de construção, engenharia, logística, entre outras, participam das obras, gerando emprego e renda.
“Nessa fase inicial, 106 empresas com sede em outros municípios e dez daqui estão trabalhando na terraplanagem. Cerca de 3 mil empregos estão sendo gerados. Temos muitas etapas ainda a serem cumpridas que vão demandar muita mão de obra, gerar empregos e auxiliar no desenvolvimento do município e região”, explica.
Em São Gonçalo, a chegada do porto trará benefícios imediatos à população. Em reunião com a Petrobras e o Governo do Estado na última segunda-feira, a prefeita Aparecida Panisset e o secretário municipal de Fazenda, Antônio Moreno, acertaram os detalhes para a construção da unidade na praia da Beira, no bairro Itaoca.
“A prefeita pediu para que o acesso ao Porto fosse aumentado de 5,5 metros para 8 metros de calado, com a finalidade de facilitar a entrada de navios maiores, com isso, o investimento vai ter um custo extra de
R$ 240 milhões. A Petrobras já conseguiu R$ 160 milhões em seu orçamento e, em parceria com o governo do Estado, vai arcar com os R$ 80 milhões restantes”, explicou Moreno.
Segundo Aparecida Panisset, os investimentos da Petrobras irão aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do município em até 50% nos próximos anos. Hoje a arrecadação gira em torno de R$ 7 bilhões.
A construção do porto é necessária, segundo a Petrobras, para viabilizar a chegada das grandes peças que serão usadas na construção do Comperj e auxiliar o escoamento de toda matéria-prima produzida quando o polo estiver em funcionamento. Segundo a prefeita, após um estudo de viabilidade a praia da Beira se encaixou em todos os requisitos.
“A praia ainda deve passar por obras, para permitir que embarcações de grande porte façam carga e descarga, deixando São Gonçalo atrativo para a importação e exportação de produtos”, explicou.
De acordo com Aparecida Panisset, além da construção do porto a cidade terá uma estrada de 22 quilômetros asfaltados para atender as demandas do Comperj.
“Quinze quilômetros dessa via que fará a ligação entre o porto e o Comperj passarão por território gonçalense, o que significa que comunidades de Itaoca, Fazenda dos Mineiros, Jardim Catarina, Ipuca e Guaxindiba serão beneficiadas”, revelou a prefeita, acrescentando que solicitou a municipalização da rodovia, a fim de arrecadar com as concessões.
“São Gonçalo está estrategicamente localizado para atender as empresas satélites e devemos considerar que o aquecimento da economia local já deixou nossa área atrativa aos empresários”, garantiu a prefeita.
Aparecida afirmou que o porto trará riqueza e geração de emprego e renda para o município, sem, no entanto, estimar um número preciso.
Segundo o secretário de Fazenda, a desapropriação de toda a área da rodovia irá aumentar o valor arrecadado com o Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI), além de movimentar cerca de R$ 8 bilhões por ano em equipamentos e matéria-prima.
“Teremos um aumento de 2% para 5%” de arrecadação, declarou o secretário.
Fonte: O Fluminense
terça-feira, 25 de maio de 2010
Dia da Indústria Brasileira - 25 de Maio
Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da capital paulista e dedicou-se a intensa atividade industrial e comercial. Começou a trabalhar, em 1909, na Southern Brazil Railway. De 1911 a 1912, ocupou a diretoria geral das obras da Prefeitura de Santos.
Logo a seguir, aos 24 anos de idade, fundou a Companhia Construtora de Santos.
Em 1919, foi designado membro da Missão Comercial Brasileira à Inglaterra e, posteriormente, representante do Brasil no Congresso Internacional dos Industriais de Algodão em Paris. Tomou parte na Conferência Internacional do Trabalho em Washington (EUA), datando dessa época a aproximação com o historiador e homem de estado Pandiá Calógeras, que foi ministro da Guerra no Governo Epitácio Pessoa.
A Companhia Construtora foi encarregada da construção dos quartéis do exército, obra a que ele dedicou grande diligência.
A organização estendeu-se aos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Em 1932, consagrou-se ao Movimento Constitucionalista de São Paulo.
Desempenhou papel importante no grupo de intelectuais que lançou o manifesto de que decorreu a fundação da primeira Escola de Sociologia e Política existente no Brasil e ali assumiu a cadeira de professor de História da Economia Nacional.
De seus ensinamentos e pesquisas resultaram obras como História econômica do Brasil, Aspectos da economia nacional e outras, sobre a evolução da indústria no Brasil.
Em 1934, foi eleito deputado federal por São Paulo.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Saponificação - Sabão e Fabricação - Artigo 01/03




segunda-feira, 10 de maio de 2010
Segundo navio sai até fim do ano
Seg, 10 de Maio de 2010
Presidente da Transpetro disse que embarcação se chamará Celso Furtado
LULA escolheu homenagear 1º superintendente da Sudene
O presidente Lula achou que, ainda na condição de “chefe” do Palácio do Planalto, não veria mais nenhum navio do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) ser lançado ao mar. Eis que o líder cometeu um “pequeno” engano. O presidente da empresa, Angelo Belellis, fez questão de interromper o discurso presidencial para informar que até o fim deste ano deverá estar indo à água o segundo “filho”, que já está entrando nos processos iniciais de construção. Lula não quis guardar segredo e resolvel revelar logo o nome desta embarcação: “Eu escolhi homenagear Celso Furtado”, afirmou, em alusão ao doutor em economia e primeiro superintendente da Sudene.
Todavia, antes de o segundo navio ir ao mar, o petroleiro João Cândido será totalmente concluído e enviado à Transpetro (subsidiária da Petrobras), que fez a encomenda para atender ao Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef I). De acordo com Belellis, o Suezmax ficará pronto até o fim de agosto, marcando a retomada da indústria naval brasileira. Trata-se da primeira embarcação de grande porte construída no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em 13 anos. A última havia sido o Livramento, cuja construção foi encomendada em 1987 e levou dez anos para ser concluída.
O João Cândido tem 274 metros de comprimento, investimento de US$ 120 milhões e capacidade para um milhão de barris de petróleo (metade da produção diária nacional), e será utilizado, principalmente, para o transporte de longo curso (viagens internacionais). Cerca de 3,7 mil funcionários trabalharam na edificação do empreendimento. Sem contar com os dois navios citados, o EAS tem mais 20 encomendas de petroleiros, além da plataforma P-55. Com encomendas do Promef, o Brasil já é o quarto maior fabricante de navios petroleiros do mundo, pois a demanda hoje é de 49 navios. O segundo lançamento de navio do Promef está marcado para junho, no Estaleiro Mauá (Rio de Janeiro).
Fonte: Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO
Brasil lança o primeiro petroleiro em 13 anos
Monitor Mercantil, 7/05/2010
Foi batizado e lançado ao mar, nesta sexta-feira, no Porto de Suape (PE), o primeiro navio petroleiro fabricado no Brasil após 13 anos.
A embarcação leva o nome de João Cândido, almirante negro que liderou a Revolta da Chibata - movimento iniciado no Rio de Janeiro em 1910 contra a aplicação de castigos físicos a marinheiros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cerca de sete mil pessoas, a maior parte operários, participaram da cerimônia. O filho de João Cândido também estava presente ao evento.
A embarcação tem 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo. Encomendado pela Transpetro, braço logístico do grupo Petrobras, o navio foi construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, ao custo de R$ 300 milhões.
O presidente Lula disse que, durante muito tempo, o Brasil foi conhecido internacionalmente apenas pelo futebol, pelo carnaval e pela violência e que projetos como o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), têm mudado essa realidade.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Excassez de engenheiros? Formandos de 1980 viram o Brasil ficar 30 anos sem se desenvolver
Antes da turma de 1980 entrar na Poli, o País vivia o "Brasil Grande". Eles viram o Estado falir e falam da retomada da profissão
iG Economia
Eles viveram o fim do "Brasil Grande", a falência do Estado e o descontrole da inflação. Três décadas depois, os formandos da turma de 1980 da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), uma das mais antigas e tradicionais faculdades do País, veem a profissão de engenheiro civil ser revalorizada. Clique abaixo para conhecer algumas histórias:
A profissão está atraindo novamente as melhores cabeças", diz o politécnico Mário Rocha Neto, um dos integrantes da turma de 1980. Fiel à engenharia civil nos últimos 30 anos, Rocha Neto pode falar com segurança sobre o assunto à frente de uma das superintendências da Gafisa, uma das maiores construtoras do País, na qual ingressou como estagiário em 1978.
Segundo Rocha Neto, a Gafisa absorve 450 estagiários por ano, e seu programa de trainee atrai 12 mil jovens, dos quais 20 ingressam nos programas da construtora. “Hoje, administramos 350 obras em todo o País", diz. "Há cinco anos, eram 30. A engenharia continuará crescendo nas próximas décadas.”
Da Escola Politécnica, criada em 1893, saiu boa parte da elite paulista. Entre eles, os empresários Olavo Setúbal (Banco Itaú), Rubens Ometto (da usina de açúcar e álcool Cosan) e Laércio Cosentino (da empresa de informática Totvs), além de políticos como Mário Covas, Paulo Maluf e José Serra (que não concluiu o curso).
Quando os garotos e garotas da turma de 1980, em sua maioria bons alunos de matemática e física, fizeram a escolha pela engenharia meia década antes, o Brasil vivia o milagre econômico: hidrelétricas eram construídas, pontes erguidas e rodovias rasgavam os confins do Brasil.
Foto: Arquivo
Os amigos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP): Carlos Alexandrino, Artur Pesce, Carlos Jahara, Aurélio Falcon, Caetano Zani e Cláudio Kleine
Ao deixarem a Escola Politécnica, encontraram um Brasil em plena ressaca: viveram momentos de penúria na engenharia. "Foi o ano da crise fiscal. O governo, que era o grande cliente, quebrou", diz Antonio Sérgio Conte, engenheiro civil, que largou o emprego numa construtora nos anos de 1980 para abrir a própria empresa de consultoria em planejamento.
Engenheiros em formação
O cenário, agora, é bem diferente. A demanda por engenheiros está em alta. Neste ano, 50 mil jovens devem sair das faculdades de engenharia, o dobro do que o Brasil formava há dez anos. Segundo estudo do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), quase 1 milhão de novos engenheiros vestirão beca e pegarão o canudo até 2022.
"O engenheiro sai mais bem preparado do que acontecia em nossa geração", diz Carlos Alexandrino, outro politécnico de 1980, dono de uma construtora de porte médio em Campinas, no interior de São Paulo. "Hoje, os computadores fazem boa parte do trabalho de cálculo com mais rapidez e precisão."
Não basta, contudo, apenas o diploma. Os alunos mais destacados da Escola Politécnica também se aperfeiçoaram em outras áreas, com pós-graduação em administração ou cursos de especialização, como formação de lideranças.
Outros buscaram a especialização. Uma das raras mulheres em um ambiente predominantemente masculino (situação que mudou bastante nos últimos 30 anos), Gisela Coelho demorou sete anos para entrar na engenharia e acabou se debruçando sobre a área ambiental. “Ninguém falava em sustentabilidade naquela época. Hoje essa exigência é fundamental.”
Escassez de mão-de-obra?
Apesar da mudança da qualidade e da quantidade de engenheiros formados, há risco de escassez destes profissionais daqui pela frente - um apagão de mão-de-obra que poderá comprometer o crescimento brasileiro, sugerem especialistas.
Comparativamente com outras nações em desenvolvimento, o Brasil forma poucos engenheiros. A Coreia do Sul, com uma população quase três vezes menor do que a brasileira, fornece mais de 80 mil engenheiros por ano no mercado de trabalho.
No estudo "Escassez de engenheiros: realmente um risco?", publicado em fevereiro, o Ipea conclui que o Brasil poderá precisar de 2,4 milhões de engenheiros até 2022 se o PIB crescer 5%.
Se houver uma aceleração forte da economia, a situação se agravará. No cenário mais otimista de crescimento, de 7%, a demanda por engenheiros poderá aumentar para 3,9 milhões, projeta o Ipea.
Hoje, existem 750 mil engenheiros formados no Brasil, mas apenas pouco mais de 200 mil atuam diretamente na área. Meio milhão de engenheiros estão fora de sua carreira - migraram para o setor financeiro, prestaram concurso público ou exercem atividades bem longe da formação original.
"A gente ganhava muito pouco. Muitos foram para o mercado financeiro", diz Carlos Alberto Jahara, outro aluno da Poli, que trabalhou por 15 anos em informática, antes de voltar à engenharia há três anos.
Para atacar o problema e fazer com que eles voltem à profissão, os pesquisadores do Ipea concluíram que a situação exige maior investimento na formação e cargos e salários mais altos aos profissionais do mercado, a ponto de não só reter mas também atrair os que abandonaram a profissão.
"Não é fácil essa readaptação à engenharia", admite Jahara. Ele juntou sua experiência em informática ao aprendizado de engenharia. "Hoje, desenvolvo software para controlar à distância os custos de inúmeras obras de engenharia civis."
terça-feira, 4 de maio de 2010
Eike planeja construir refinaria com chineses no Porto de Açu
Eike planeja construir refinaria com chineses no Brasil
domingo, 2 de maio de 2010
A Logística da Indústria do Petróleo - Terminais
O processo logístico no downstream inicia-se em cada uma das refinarias existentes no país.
Os produtos são transferidos e armazenados nas bases de distribuição primárias, de onde seguem para bases de distribuição secundárias ou para clientes finais como postos de abastecimento, grandes consumidores e atacadistas.
No Brasil, os oleodutos autorizados pela ANP totalizam aproximadamente cerca de 7.500 km de extensão, sendo que 25% são destinados à movimentação de petróleo e 75% à movimentação de derivados e outros produtos.
Entretanto, do total de oleodutos, menos de 30% são classificados como sendo de transporte, ou seja, podem ser compartilhados.
Observando a sua estrutura, percebe-se que 62% dos dutos de transporte têm extensão a 15 km.
Os terminais são compostos por um conjunto de instalações utilizadas para recebimento, armazenagem e expedição de produtos, constituindo um elo fundamental na infra-estrutura de movimentação de petróleo e seus derivados.
Estão sujeitos ao livre acesso, segundo a Portaria ANP 251/00, os 45 terminais aquaviários, que representam 68% da capacidade de armazenamento brasileira (os terrestres são apenas 23) [ANP (2003)].
Em muitos casos, as instalações utilizadas para o escoamento da produção das refinarias são as mesmas para a recepção do produto importado ou proveniente de outras regiões do país.
Um exemplo é o Terminal Madre de Deus, na Bahia, situado a 4,5 km da Relam, que recebe petróleo bruto para a refinaria, faz o escoamento de parte de sua produção e ainda recebe derivados destinados a terminais terrestres no interior da Bahia.
O compartilhamento desse tipo de instalações, para operações de escoamento da produção e importação de derivados, evidencia a limitada capacidade disponível existente, tornando complexo o atendimento das demandas de acesso.
A tendência da indústria brasileira de petróleo para os próximos anos é de maturação dos investimentos feitos pelas parcerias entre empresas privadas e o governo, na busca da auto-suficiência, gerando, conseqüentemente, um aumento da produção de petróleo e exigindo uma expansão da infra-estrutura logística brasileira.
É fato que o crescimento da produção e do consumo de combustíveis requer, um esquema logístico considerável, principalmente com relação ao transporte e à armazenagem, pois, diferentemente da exploração e da produção, a abertura e a expansão do downstream não configuram um processo autônomo, na medida em que a logística representa um fator crítico no processo, principalmente se considerarmos que a infra-estrutura logística brasileira possui gargalos.
Apesar das especulações a respeito de novos investimentos em logística por parte da iniciativa privada, na prática o desenvolvimento de uma rede de distribuição sem parcerias com o governo é extremamente custoso e arriscado.
A suposição inicial era de que o acirramento da concorrência e, principalmente, a liberação da importação de derivados fossem elementos capazes de atrair as empresas privadas para investimentos em logística, sobretudo na construção de capacidade própria de armazenamento e transporte. Isso, entretanto, está sujeito às elevadas economias de escala, exigindo, assim, a construção de instalações maiores que as demandas marginais existentes.
É preciso realizar obras e investimentos e na infra estrutura de distribuição de derivados, equivalente as necessidade de abastecimento, o que equilibraria os custos de armazenamento.
As expectativas são de que a tendência observada na área de E&P, são o estabelecimento de parcerias entre o governo e as grandes empresas privadas já estabelecidas na atividades de distribuição de derivados, inclusive os novos entrantes.
Percebe-se que a indústria brasileira de petróleo, com respeito à logística de distribuição de derivados, está diante de um grande desafio: Transformar a logística num diferencial e expandir a infra-estrutura, eliminando os gargalos existentes.
sábado, 1 de maio de 2010
O dia do Trabalhador - 1 de Maio

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris.
A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes.
A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas.
Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
Mártires de Chicago: Parsons, Engel, Spies e Fischer foram enforcados, Lingg (ao centro) suicidou-se na prisão.
No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados.
Lingg não estava entre eles, pois suicidou-se. Seis anos depois, o governo de Illinois, pressionado pelas ondas de protesto contra a iniqüidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.
Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.
O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores.
O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.
No Brasil, como não poderia deixar de ser, as comemorações do 1º de maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho.
No Brasil as comemorações do 1º de Maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho.
A primeira celebração da data ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar.
A data foi definida como feriado e Dia dos Trabalhadores em 1925, 30 anos depois.
Manifestação operária em 1º de Maio de 1919 no Rio de Janeiro. Reproduzida da Revista da Semana, 10 de maio de 1919.
Getúlio Vargas – que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro – o 1º de maio ganhou status de “dia oficial” do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo ou a redução de jornada de trabalho para oito horas.
Vargas criou o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao Estado, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.
Hoje 1 maio de 2010 o dia do trabalhador, uma comemoração popular entre todos os trabalhadores do mundo, devemos refletir sobre os novos marcos do trabalho neste mundo industrial.