terça-feira, 9 de junho de 2009

Construção de estaleiro em Maricá gerará 2 mil empregos diretos

O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), anunciou ontem a geração de dois mil empregos diretos e um investimento de até R$ 300 milhões com a construção de um estaleiro naval no município, na Praia de Jaconé. A informação foi divulgada durante reunião com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno.

Segundo Quaquá, a construtora Mendes Júnior Trading Engenharia S/A enviou um termo de intenção para a instalação de uma unidade industrial naval e offshore, formalizando assim o interesse da empresa em investir na cidade. O Governo do Estado, por sua vez, se colocou à disposição para ajudar no processo de negociação oferecendo concessão de incentivos fiscais, ajuda para liberação de licenças ambientais e ainda para a desapropriação da área. Essa pertenceria ao grupo Brascan que, de acordo com o prefeito, estaria disposto a negociar o terreno, que corresponde a 1 milhão e 300 mil metros quadrados.

"Hoje (ontem) demos um passo importante, conseguindo o apoio do Governo do Estado, que será nosso parceiro para o desenvolvimento de um polo naval em Maricá. O Governo Federal também está discutindo o assunto", declarou Quaquá.

O próximo passo, segundo ele, será tratado durante uma reunião entre a Petrobras e a Secretaria de Assuntos Federativos do Presidente da República, responsável pela gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

"A idéia é viabilizar recursos para a construção de um arrecife artificial nas águas de Jaconé, o que facilita a chegada das embarcações ao atracadouro", explica o prefeito.

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo, Aleksander Santos, a perspectiva é de que a indústria naval gere uma arrecadação anual de R$ 400 milhões para o município.

"O mais importante disso tudo é o número de empregos que estão sendo gerados e, além disso, a possibilidade de atrair outras empresas para a região", disse Aleksander.

Júlio Bueno se mostrou surpreso e muito satisfeito com a grandeza do empreendimento.

"Desde que o investidor esteja disposto a investir, o Estado pode ajudar em vários aspectos. As taxas que incidem sobre a atividade naval são próximas de zero. Quanto à questão ambiental, tem que ser considerada e discutida, porém não é intransponível. É preciso levar em conta medidas sustentáveis para amenizar os efeitos sobre o meio ambiente. Este é o primeiro contato que tenho com o projeto, mas de qualquer forma, fico muito satisfeito em saber que implica em geração de emprego e renda para o município e também para o Estado", concluiu Bueno.

De acordo com assessor especial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Alexandre Gurgel, o próximo passo para dar inicio ao projeto é um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE).

"Além do estudo, o que irá dizer realmente se o empreendimento é viável será a demanda do mercado naval nacional e internacional", disse.



Fonte: "O Fluminense" - Luiz Gustavo Schmitt

2 comentários:

  1. Fico chocada, pois Maricá tem um potencial para arrecadação de verba muito mais interessante, e menos impactante que é o desenvolvimento de atividades turísticas. A área é maravilhosa, pois dispõe de praias, lagoas, cachoeiras, montanhas, e uma restinga exuberante, e mesmo assim, não existe nenhum investimento significativo em turismo. Porque não investir na limpeza das lagoas, para atrair as competições dos jogos olímpicos para lá?
    Com certeza contaríamos com o apoio da família Grael, que já investe em trabalhos sociais na região!
    A construção de um recife artificial e de um estaleiro gerará um impacto ambiental gigantesco, ameaçando espécies que nem são conhecidas,pois não existe uma concentração de trabalhos científicos nesta região do Estado.
    Além disso, a destruição de ecossistemas marinhos, pode levar a PERDA de empregos e de recursos alimentícios da população local.
    Para concluir, acho que é jogar fora o maior patrimônio que a área dispõe: a natureza.

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  2. Pelo jeito vc não deve viver em Maricá ou em seus arredores, ruas esburacadas, sem saneamento básico, água tratada, condução, saúde, etc.
    Sou sim a favor do desenvolvimento que virá mais cedo ou mais tarde, melhor agora quando existe o interesse de grannndes empresários na região, mas é claro com senso de conservação ao meio ambiente. A palavra que o povo espera é DESENVOLVIMENTO JÁÁÁ...

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