quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Usina Plataforma e o Complexo do Tapajós

A Amazônia e sua enorme bacia hidrográfica, para o bem ou para o mal, parece ter sido apontada como a nova fronteira da geração hidroelétrica no Brasil. Contudo, a planície amazônica e a gigantesca floresta, envolve uma problemática própria para a construção, operação e aproveitamento hidroelétrico

Para os aproveitamentos hidroelétricos (AHE) do Complexo Tapajós (que é composto pelas usinas: UHE São Luiz do Tapajós, UHE Jatobá, UHE Jamanxim, UHE Cachoeira do Caí, UHE Cachoeira dos Patos), no Rio Tapajós na Amazônia, a Eletrobrás elaborou o conceito de Usina Plataforma, similar as plataformas de petróleo, com a preocupação de baixo impacto ambiental e social, não apenas na operação da usina, mas também na construção.

A Eletrobrás trabalha para que o projeto da primeira usina do Complexo Tapajós esteja pronto para licitação em junho de 2010. E os números referentes ao empreendimento não param de crescer. O Complexo vai gerar 50.948.160 MWh/ano, o que equivale à economia anual de R$ 7 bilhões com a queima de 30.568.896 barris de petróleo. O que vai também ao encontro das necessidades prementes da sociedade de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e de controlar o aquecimento global.

O novo conceito surge com o objetivo principal de diminuir os impactos ambientais. As chamadas usinas plataformas tem como propósito a construção e operação de uma hidrelétrica com o mínimo impacto socioambiental e se inspira nas plataformas de exploração de petróleo em alto mar. A preparação da obra começa com a intervenção na natureza praticamente reduzida à área da usina e com pequenos canteiros de obra. Durante a construção, a permanência dos trabalhadores no local é de curto prazo, o que ajuda a reduzir o impacto ambiental, e evita a atração de contingentes populacionais e a construção de cidades no entorno do empreendimento. Não haverá vilas permanentes para os empregados, como aconteceu até hoje. Os trabalhadores poderão ir de helicóptero para o local das usinas, trabalhando por turnos, como acontece nas plataformas de petróleo.

De acordo com a proposta, os técnicos vão trabalhar e dormir na usina plataforma, fazendo um regime de escala, trocando turnos semanais ou quinzenais, retornando à cidade onde moram. A usina plataforma prevê a instalação da hidrelétrica sem a infraestrutura tradicional, como estradas e canteiros de obras com alojamentos, que aumentam a população do entorno. Haverá o desmatamento apenas para construir e depois a área toda será reflorestada para não ter ocupação.

Vale dar uma conferida no blog oficial  (http://www.complexotapajos.com.br) e no vídeo institucional da Eletrobrás-Eletronorte para conhecer esse conceito como o projeto do Complexo Tapajós.



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