Joaquim Maria Moreira Cardozo
Um dos maiores poetas da literatura brasileira, nasceu no dia 26 de agosto de 1897, na cidade do Recife, filho de José Antônio Cardozo e Elvira Moreira Cardozo. Estudou no GINÁNSIO PERNANBUCANO. Com os colegas do Ginásio editou o jornal O Arrabalde: órgão lítero-elegante, com sede em Tejipió, onde fez a sua estréia literária, publicando um primeiro conto intitulado “Astronomia alegre”, na edição de 15 de novembro de 1913.
No ano seguinte, iniciou-se como caricaturista e chargista nas edições de domingo do Diario de Pernambuco e do Diário da Tarde, em parceria com Jader de Andrade, que assinava os textos.
Entra na Escola de Engenharia em 1915, interrompendo o curso várias vezes. Seu primeiro emprego foi como topógrafo da Comissão Geodésica do Recife. Realizou levantamentos topográficos nos arredores do Recife, sob as ordens do engenheiro Domingos Ferreira.
Na Revista do Norte, publica seus primeiros poemas e participa também como ilustrador, tendo criado vinhetas e todo um alfabeto de capitulares (letra maiúscula inicial dos capítulos, em geral, ornamentada), com temas da flora regional. Em 1925, a revista publica o seu poema mais famoso, escrito em 1924:“Recife morto”.
Em 1930, Joaquim Cardozo conclui o curso de engenharia na Escola de Engenharia do Recife, tendo trabalhado nesse período como desenhista do Departamento de Engenharia em projetos de irrigação e perfuração de poços tubulares, com o engenheiro alemão Von Tilling, para vários municípios de Pernambuco.
Após a morte de Von Tilling, Joaquim Cardozo ainda estudante (1929/1930) foi encarregado do projeto de irrigação de uma das ilhas do rio São Francisco. Em seguida, executa os cálculos das curvas parabólicas verticais da primeira rodoviária com pavimentação em concreto do Nordeste, contratada pelo Governo do Estado com a firma Dolabela & Portela.
A partir de 1931, como engenheiro recém-formado, trabalha na Secretaria Estadual de Viação e Obras Públicas, sobretudo como engenheiro rodoviário. Em 1934, Joaquim Cardozo incorpora-se à equipe do arquiteto Luiz Nunes, especialmente contratado pelo Governo do Estado para organizar, no âmbito da Secretaria de Viação e Obras Públicas, a Diretoria de Arquitetura e Construção, a primeira instituição governamental criada no Brasil com essa finalidade
Integrou a Direção e o Conselho de redação da Revista Módulo, juntamente com Oscar Niemeyer, Rodrigo M. Franco, Marcos Jaimovich, Rubem Braga, Vinícius de Moraes, José de Souza Reis, Arthur Lúcio Pontual e outros.
Foi também professor da Escola de Engenharia e um dos fundadores da Escola de Belas - Artes do Recife. Pioneiro da Arquitetura moderna, renovou a concepção estrutural do concreto armado e os métodos de cálculo, contribuindo para a evolução da Engenharia Civil.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1940, onde se associou a Oscar Niemeyer, vindo a participar da construção de Brasília e de muitos outros projetos de Niemeyer no exterior.
Suas principais obras de Arquitetura com projeto estrutural foram:
No Rio de Janeiro: Monumento aos mortos da segunda Guerra Mundial; Estádio Gilberto Cardoso (Maracanãzinho); Residência de Oscar Niemeyer.
Em São Paulo: Fábrica de biscoitos Duchen, que obteve o prêmio da Bienal de São Paulo; a chácara Flora do Instituto dos Bancários; o Laboratório de Motores; as Oficinas e o Túnel aerodinâmico do Centro Técnico da Aeronáutica (ITA).
Em Brasília: Palácios da Alvorada, do Planalto, do Supremo Tribunal Federal, do Itamarati, do Congresso Nacional e da Justiça; o Ministério do Exército, o Tribunal de Contas da União; a Catedral; o Cine Brasília; a Igreja Nossa Senhora de Fátima e o Museu de Brasília.
Deixou diversos livros inacabados, que foram publicados posteriormente.
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